thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Haddad diz que há espaço para calibrar IOF se medidas fiscais avançarem, mas adia anúncio

Homem político em um evento ao ar livre, vestindo terno azul com camisa branca e gravata rosa, com outro homem ao fundo, ao lado de um carro preto.

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que há espaço para calibragem do decreto que elevou Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se medidas fiscais estruturais em discussão pelo governo avançarem, ponderando que as iniciativas não serão anunciadas antes de uma reunião com lideranças partidárias do Congresso Nacional prevista para o domingo.

Em entrevista à imprensa, Haddad afirmou que o governo quer detalhar as medidas aos líderes de partidos para que ninguém seja surpreendido, ressaltando que as discussões devem prosseguir na próxima semana.

“Estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional, que precisa estar convencido de que esse é o caminho mais consistente do ponto de vista macroeconômico”, disse, enfatizando que não adiantaria o teor das medidas.

As declarações foram dadas após reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, além de outros membros do governo.

Mais cedo nesta terça, Haddad havia afirmado que o teor das propostas deveria ser levado a público “nas próximas horas”, após a reunião com Lula.

Após o encontro, Haddad disse que houve “alinhamento muito grande” entre o presidente, ministros do governo e a cúpula do Legislativo sobre as medidas.

“O acordo é apresentar as medidas e, em caso de aprovação, de reconhecimento da justiça das medidas, que me parecem ser inequívocas do ponto de vista da justiça, eu tenho espaço para uma calibragem (do decreto do IOF)”, acrescentou.

De acordo com o ministro, parte das medidas, com efeito sobre 2025, precisam ser definidas com rapidez. Outras iniciativas, que impactam as contas públicas com maior força de 2026 em diante, permitem um prazo maior para uma decisão.

Ao lado de Haddad na entrevista, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que há sintonia entre o Congresso e o governo na busca por uma discussão fiscal estruturante.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por sua vez, disse que não há espaço para conflito entre Executivo e Legislativo, defendendo não ser possível rever o decreto do IOF antes de discutir uma agenda estrutural para as contas públicas.

O governo anunciou no fim de maio a elevação de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre uma série de operações cambiais, de crédito e de previdência privada. A medida gerou forte reação política, foi parcialmente revertida, mas ainda enfrenta resistência, o que levou a equipe econômica a analisar ações alternativas.

 

(Por Bernardo Caram e Eduardo Simões)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem do Congresso Nacional do Brasil, com destaque para as duas torres gêmeas na Praça dos Três Poderes, Brasília, símbolo da política brasileira.

Congresso derruba parte de vetos de Lula à lei das eólicas offshore

BRASÍLIA (Reuters) – O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira parcialmente vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma série de itens incluídos pelos parlamentares durante a tramitação do projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar, o que deverá ter um impacto nos próximos anos

Imagem de um homem de terno azul escuro, barba branca e cabelos grisalhos, falando em um evento oficial ao lado da bandeira do Brasil, com um cartaz que mostra 'Paris, Quinta-feira, 5 de junho de 2025'.

Lula cobra do G7 contribuições ambiciosas para redução de aquecimento global

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma de suas falas no G7, nesta terça-feira, para cobrar que os presidentes presentes na Cúpula aumentem as ambições de seus países em suas contribuições para evitar o aquecimento global, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.