SÃO PAULO (Reuters) – As lavouras de trigo do Rio Grande do Sul mantêm “condição geral satisfatória” no Estado, apesar de chuvas intensas em algumas áreas, informou nesta quinta-feira a Emater, empresa de assistência técnica ligada ao governo gaúcho.
O Rio Grande do Sul tem potencial de ser o maior produtor de trigo do Brasil em 2024, ao registrar a maior área plantada, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, o Paraná sofreu com o impacto de seca e geadas.
Segundo a Conab, o Estado pode colher 4,2 milhões de toneladas do cereal, de um total de 8,8 milhões de toneladas previstas para o Brasil em 2024.
A Emater relatou intensas precipitações no extremo sul e na região da Campanha, bem como da ocorrência pontual de granizo e ventos fortes em áreas do centro e noroeste do Estado, mas não indicou problemas.
Nas regiões oeste, noroeste, norte e nordeste, o desenvolvimento das lavouras é considerado “muito bom, tanto vegetativo quanto reprodutivo”, acrescentou o relatório.
“De modo geral, esse bom desempenho tem compensado os danos pontuais observados em outras regiões, e os níveis de produtividade esperados devem continuar dentro das expectativas iniciais, desde que as condições climáticas futuras favoreçam a continuidade do ciclo”, afirmou.
Conforme o boletim, cerca de 15% das lavouras estão em processo de maturação, 46% em enchimento de grãos, 29% em floração e 10% em desenvolvimento vegetativo.
“Nas áreas de semeadura mais precoce, os produtores finalizam o preparo de máquinas e equipamentos para o início da colheita, disse a Emater, relatando que na área de Santa Rosa a colheita se restringe a algumas “pequenas áreas”, ainda sem expressão percentual.
MILHO E ARROZ
A Emater afirmou ainda que os produtores gaúchos já semearam 54% da área planejada, alta de cinco pontos percentuais em relação à semana anterior, índice que está próximo da média histórica para o período.
A empresa de assistência técnica afirmou que o plantio foi “parcialmente” prejudicado pela recorrência de precipitações ao sul e centro do Estado e pelo escalonamento de plantio nas demais regiões produtoras.
O Rio Grande do Sul, que não planta milho na segunda safra, tem sido o principal produtor brasileiro do cereal no verão.
Já o arroz está em fase inicial de semeadura.
“Porém, a operação só progrediu significativamente a oeste do Estado, aproveitando-se de períodos secos, intercalados por chuvas de intensidade moderada e temperaturas elevadas”, afirmou.
O Estado é o maior produtor de arroz do Brasil.
(Por Roberto Samora)