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Tarifas de Trump provocam promessas globais de contramedidas

Donald Trump assinando um documento em um evento oficial no Jardim das Rosas da Casa Branca, decorado com bandeiras dos Estados Unidos ao fundo.

(Reuters) – Governos de todo o mundo prometeram contramedidas contra os Estados Unidos depois que o presidente Donald Trump divulgou na quarta-feira uma nova tarifa básica de 10% sobre produtos de todos os países, além de tarifas recíprocas sobre aqueles que, segundo seu governo, têm altas barreiras às importações dos EUA.

Veja a seguir o que alguns governos disseram sobre o que farão – e o que não farão – em resposta.

UNIÃO EUROPEIA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE está finalizando um pacote de medidas em resposta às tarifas dos EUA sobre o aço e está “agora se preparando para outras contramedidas para proteger nossos interesses e nossas empresas se as negociações fracassarem”. Trump aplicou sobre a UE uma tarifa recíproca de 20%.

O comissário de comércio da UE, Maros Sefcovic, disse que conversará com seus pares norte-americanos na sexta-feira e dedicará tempo “adequado” para novas negociações sobre as tarifas. “Mas não ficaremos de braços cruzados, caso não consigamos chegar a um acordo justo”, disse ele.

CHINA

O Ministério do Comércio da China disse que Pequim “se opõe firmemente” às tarifas recíprocas e “tomará contramedidas para proteger seus próprios direitos e interesses” depois que Trump impôs uma tarifa recíproca de 34% ao país.

JAPÃO

O ministro do Comércio do Japão, Yoji Muto, classificou as tarifas recíprocas como “extremamente lamentáveis” e disse que Tóquio pedirá aos EUA que isentem o Japão das medidas tarifárias.

O Japão avaliará sua resposta, disse ele, de uma “maneira ousada e rápida”. Tóquio enfrenta uma tarifa recíproca de 24%.

MINISTRO DA ECONOMIA DA ALEMANHA, ROBERT HABECK

“Donald Trump se curva sob pressão, corrige seus anúncios sob pressão, mas a consequência lógica é que ele também deve sentir a pressão, e essa pressão deve agora ser exercida pela Alemanha, pela Europa.”

COREIA DO SUL

O presidente interino Han Duck-soo ordenou medidas de apoio de emergência para as empresas afetadas, incluindo de automóveis, disse o Ministério da Indústria, depois que o anúncio da tarifa de Trump incluiu uma taxa de 25% sobre a Coreia do Sul.

CANADÁ

O primeiro-ministro Mark Carney disse que o Canadá está “lutando contra essas tarifas com contramedidas” e que “agirá com propósito e com força”.

Os produtos do Canadá e do México não estão atualmente sujeitos a tarifas recíprocas porque as taxas anteriores de 25% de Trump relacionadas ao fentanil permanecem em vigor em seus produtos, juntamente com 10% para energia e potássio canadenses. A isenção de tarifas para mercadorias em conformidade com o Acordo de Comércio EUA-México-Canadá continuará indefinidamente.

MÉXICO

A presidente Claudia Sheinbaum afirmou na quarta-feira que o México não buscará uma retaliação em relação às tarifas, mas anunciará um “programa abrangente” na quinta-feira.

REINO UNIDO

O primeiro-ministro Keir Starmer disse que o Reino Unido continuará a trabalhar em um acordo comercial com os EUA e que uma guerra comercial “não é de nosso interesse nacional”.

Ele acrescentou, no entanto, que só fechará um acordo se for o certo e que “nada está fora de cogitação” para a resposta da Reino Unido.

A Reino Unido enfrenta a menor taxa de imposto sobre as importações, de 10%.

AUSTRÁLIA

O primeiro-ministro Anthony Albanese disse que a Austrália tentará negociar com os EUA para remover as tarifas sem recorrer a um mecanismo de resolução de disputas no Acordo de Livre Comércio dos dois países.

Ele disse que seu governo não imporá tarifas recíprocas, pois isso aumentaria os preços para as famílias australianas.

“Não nos juntaremos a uma corrida para o fundo do poço que leva a preços mais altos e crescimento mais lento”, disse Albanese.

BRASIL

O governo brasileiro lamentou a tarifa adicional de 10% sobre os produtos importados do Brasil, acrescentando que avalia todas possibilidades de resposta, incluindo um recurso à Organização Mundial de Comércio (OMC).

Enquanto isso, a Câmara dos Deputados aprovou, em uma resposta ao tarifaço de Trump, um projeto que estabelece critérios para a reação do Brasil a barreiras e imposições comerciais de nações ou blocos econômicos contra produtos nacionais.

ISRAEL

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse que estava reunindo funcionários do ministério para formular um curso de ação para proteger a economia de Israel das tarifas iminentes de 17%.

 

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