thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Regulador britânico questionará principais empresas financeiras sobre sexismo e bullying

Regulador britânico questionará principais empresas financeiras sobre sexismo e bullying

Por Nell Mackenzie e Kirstin Ridley

LONDRES (Reuters) – O órgão regulador de serviços financeiros do Reino Unido quer direcionar o olhar para a forma com que bancos de investimentos e seguradoras comerciais lidam com assédio sexual, bullying e outras má condutas não-financeiras, em meio a reclamações de supostas vítimas de que geralmente são silenciadas ou forçadas a pedir demissão.

Sarah Pritchard, diretora-executiva da Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês), disse a parlamentares britânicos nesta quarta-feira que irá promover uma pesquisa com o mercado atacadista bancário e de seguros para examinar a presença desse tipo de conduta e como ela é detectada e resolvida.

“Podemos usar o que nos disserem para fazer um balanço, compartilhar as melhores práticas… mas também, de maneira crucial, para informar nosso programa de supervisão quando o novo conjunto de regras entrar em vigor”, disse ela ao multipartidário Comitê do Tesouro do Parlamento.

O levantamento, que será finalizado até a metade do ano e jogará luz em como os empregadores decidem quais funcionários estão aptos e adequados a trabalhar em finanças, foi anunciado enquanto parlamentares realizavam a última sessão do inquérito “Sexismo na Cidade” sobre como lidar com assédio sexual e a cultura “Clube do Bolinha” da indústria.

A sessão ocorre tendo como pano de fundo acusações de assédio sexual e má conduta contra o fundador de hedge fund Crispin Odey e autoridades da Confederação da Indústria Britânica (CBI, na sigla em inglês), que colocaram o fundo e a entidade em crise. Odey negou irregularidades.

Quarenta mulheres de 30 empresas de serviços financeiros, de empresas pequenas a listadas na bolsa em setores como bancos, seguros e administração de ativos, reuniram-se com o comitê para compartilhar anonimamente suas experiências pessoais de sexismo e misoginia em novembro.

Em um resumo das discussões publicado pelo comitê nesta quarta-feira, a maioria das mulheres disse que teve experiência direta com assédio sexual ou conhecia colegas que tiveram, mas o sarrafo para relatar má conduta permanece alto porque, tipicamente, a vítima seria forçada a mudar de equipe, deixar a empresa ou a própria indústria.

Disseram que acordos de confidencialidade são amplamente utilizados em casos de assédio sexual para proteger as empresas de danos à reputação, silenciando vítimas, protegendo os agressores e retirando incentivos para as empresas lidarem com essas condutas.

As recomendações das participantes incluíram a adoção de previsões críveis de multas e sanções para quem tolera ou pratica más condutas sexuais, exigindo que as empresas relatem a quantidade de acordos de confidencialidade desses tipos de caso e que padrões de comportamento “apto e adequado” necessários para trabalhar em finanças incluem condutas não-financeiras.

(Reportagem de Nell Mackenzie e Kirstin Ridley)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 em Kananaskis, Charlevoix, no ano de 2025, destacando líderes globais em ambiente natural.

G7 alerta Rússia sobre novas sanções se não houver acordo de cessar-fogo

LA MALBAIE, Canadá (Reuters) – As nações do G7 enfatizaram nesta sexta-feira a necessidade de “acordos de segurança” robustos para garantir um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, alertando Moscou para seguir Kiev no acordo de cessar-fogo ou enfrentará novas sanções, de acordo com um rascunho final do comunicado.