REVISTA DOS TRIBUNAIS

Mercado passa a ver Selic em 11,75% este ano, com alta de 0,5 p.p. em novembro e dezembro, mostra Focus

Mercado passa a ver Selic em 11,75% este ano, com alta de 0,5 p.p. em novembro e dezembro, mostra Focus

Mercado passa a ver Selic em 11,75% este ano, com alta de 0,5 p.p.

SÃO PAULO (Reuters) – Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic ao fim de 2024, projetando agora que os membros da autarquia elevarão a taxa de juros em 50 pontos-base em cada uma das duas reuniões restantes neste ano, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a Selic no fim deste ano é de 11,75%, de 11,50% na semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a taxa chegue a 10,75%, ante 10,50% há uma semana.

Na pesquisa da semana passada, os economistas já haviam demonstrado a expectativa de uma alta de 50 pontos-base nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em novembro. Agora, eles preveem um movimento semelhante no encontro de dezembro.

A mudança na percepção dos economistas ocorre após a divulgação da ata da mais recente reunião do Copom neste mês, em que as autoridades iniciaram um novo ciclo de aperto monetário com um aumento de 25 pontos-base na Selic, para 10,75%, e apesar de dados abaixo do esperado para o IPCA-15 de setembro.

No documento, o BC informou que sua decisão de retomar o ciclo de alta na Selic se baseou em três pontos de análise: um cenário que demanda política monetária mais contracionista, uma percepção de que o início do ajuste deveria ser gradual e uma discussão sobre ritmo, magnitude do ciclo e sua comunicação.

Um dia depois, dados do IBGE mostraram que o IPCA-15 teve alta de 0,13% em setembro, abaixo do aumento de 0,30% projetado por economistas consultados pela Reuters. Em 12 meses, o índice teve avanço de 4,12%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a manutenção da expectativa para a alta do IPCA no encerramento deste ano e do próximo, a 4,37% e 3,97%, respectivamente. Para 2026, o índice deve subir 3,60%, de 3,62% esperados na semana anterior.

Para a economia brasileira, os analistas projetam que o PIB crescerá 3,00% neste ano, mesmo patamar esperado na semana passada. Em 2025, o país deve crescer 1,92%, de acordo com os economistas, de 1,90% anteriormente.

Na taxa de câmbio, também não houve alteração. Segundo o levantamento, o dólar atingirá 5,40 reais neste ano e 5,35 reais no próximo, ambas projeções mantidas em relação à semana passada.

 

(Por Fernando Cardoso)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Dólar abre com leve alta enquanto investidores analisam dados do IPCA

Dólar abre com leve alta enquanto investidores analisam dados do IPCA

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta quarta-feira, ampliando os ganhos da véspera, à medida que investidores analisavam dados do IPCA de setembro e aguardavam números de inflação dos Estados Unidos, em busca de sinais sobre a trajetória de juros do

Fitch diz que descarbonização da economia global está progredindo de forma muito lenta

Fitch diz que descarbonização da economia global está progredindo de forma muito lenta

LONDRES (Reuters) – A descarbonização da economia global está progredindo muito lentamente e, embora melhorias tenham ocorrido entre economias desenvolvidas, os países emergentes não têm conseguido reduzir suas emissões de carbono, alertou a agência de classificação de risco Fitch Ratings em um relatório publicado nesta quarta-feira. As emissões globais de

IPCA sobe 0,44% em setembro, diz IBGE

IPCA sobe 0,44% em setembro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,44 por cento em setembro, após baixa de 0,02 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA teve alta de 4,42 por cento,