thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dólar oscila pouco com divisão entre alívio por pausa nas tarifas e cautela com tensões EUA-China

Nota de cinco dólares dos Estados Unidos, destacando detalhes como a assinatura do Secretário do Tesouro e o símbolo do dólar, excelente para visitar.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta quinta-feira, à medida que os investidores ainda repercutiam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na véspera de pausar algumas de suas tarifas de importação, que veio acompanhada de nova escalada nas tensões comerciais com a China.

Às 9h44, o dólar à vista subia 0,19%, a R$5,8577 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,37%, a R$5,864 na venda.

O foco dos mercados nesta sessão continuava em torno do anúncio de Trump na quarta, quando pausou as tarifas impostas sobre uma série de países para permitir negociações, mantendo em vigor uma taxa universal de 10% sobre a maioria das importações dos EUA.

Após sessões consecutivas com grandes perdas nos mercados após Trump apresentar as tarifas na semana passada, uma vez que se teme o impacto econômico das medidas comerciais, investidores aproveitaram a pausa para retomar suas posições, elevando ativos de maior risco na quarta.

O dólar à vista, por exemplo fechou em baixa de 2,53%, a R$5,8467, na véspera, cerca de 25 centavos abaixo da máxima do dia, a R$6,0973 (+1,65%), que foi atingida antes do anúncio de Trump.

Nesta quinta, no entanto, prevalecia um sentimento maior de cautela no mercado nacional, uma vez que ainda existe preocupação com as consequências da escalada da disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Junto da pausa em algumas tarifas, Trump ainda afirmou que estava aumentando a taxa sobre os produtos chineses para 125%, em resposta à imposição por Pequim de tarifa de 84% sobre as mercadorias dos EUA.

A decisão da China veio como retaliação a uma imposição de tarifa anterior dos EUA. Na semana passada, Trump disse que colocaria taxa de 54% sobre o país asiático, levando a China a anunciar uma tarifa de 34% sobre os produtos norte-americanos.

Em seguida, os EUA impuseram taxa de 104% sobre os produtos chineses, provocando a tarifa retaliatória de 84%.

A China e os EUA são os dois maiores parceiros comerciais do Brasil.

“Há uma percepção generalizada de que a situação melhorou. Mas ainda há reticência especificamente em relação à China, que ainda é o único ponto de intransigência do Trump. É um movimento entre a cautela exarcebada e algum alívio”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

A pouca volatilidade do real contrastava com a forte queda da divisa norte-americana no exterior, que era afetada pelas baixas nos rendimentos dos Treasuries e pela busca de ativos de maior risco após a pausa nas tarifas de Trump.

Os investidores também reagiam aos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que registraram números abaixo do esperado tanto para o índice geral quanto para o núcleo.

Em março, o índice de preços ao consumidor dos EUA caiu 0,1% em relação ao mês anterior, de alta de 0,2% em fevereiro e abaixo da projeção em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%. O núcleo do índice passou a subir 0,1%, abaixo da previsão de alta de 0,3%.

Operadores aumentaram suas apostas em cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, projetando 1 ponto percentual de afrouxamento até o fim deste ano, contra previsão de 0,75 ponto na quarta, o que também ajudava a derrubar o dólar no exterior.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 1,29%, a 101,620.

Na cena doméstica, o IBGE informou que o setor de serviços brasileiro voltou a crescer em fevereiro e registrou um desempenho melhor do que o esperado diante da força do setor de informação e comunicação.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem de um jogo de apostas com moedas, dados e uma bola de futebol, ideal para conteúdo de apostas esportivas e jogos de azar. E tributação das bets

Tributação das Bets: Quem Paga o Quê?

O sistema de apostas de quota fixa, autorizado pela Lei nº 13.756/2018, também conhecido como “bets”, tem sido alvo de debates constantes, especialmente sobre questões envolvendo a regulamentação e tributação das bets. Por trás das apostas, odds e palpites, existe um mercado que cresce rapidamente e movimenta bilhões de reais.

Logotipo da Microsoft exposto em uma parede no ambiente de uma conferência ou evento de tecnologia, destacando a marca do gigante de tecnologia

Premier League forma parceria de cinco anos com Microsoft na área de IA

(Reuters) – A Premier League e a Microsoft anunciaram nesta terça-feira uma parceria de cinco anos em que a gigante da nuvem incluirá sua inteligência artificial Copilot nas plataformas digitais da liga inglesa para fornecer de forma rápida fatos e estatísticas sobre as partidas. O público e os torcedores poderão

Fotografia da arquitetura moderna do Palácio da Alvorada em Brasília ao meio-dia, com céu azul e nuvens, destacando o design inovador do prédio.

AGU ingressa com ação no STF contra derrubada de aumento do IOF pelo Congresso

Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito e Bernardo Caram BRASÍLIA (Reuters) -A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e foi derrubado pelo Congresso Nacional,

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.