REVISTA DOS TRIBUNAIS

  • Home
  • Notícias
  • Terry Gou se retira da disputa pela Presidência de Taiwan em alívio para Foxconn

Terry Gou se retira da disputa pela Presidência de Taiwan em alívio para Foxconn

Terry Gou se retira da disputa pela Presidência de Taiwan em alívio para Foxconn

Terry Gou se retira da disputa pela Presidência de Taiwan em alívio para Foxconn

Por Yimou Lee e Ben Blanchard

TAIPÉ (Reuters) – Terry Gou, bilionário fundador da gigante de tecnologia Foxconn, retirou-se nesta sexta-feira da corrida para ser o próximo presidente de Taiwan, trazendo uma sensação de alívio para a importante fornecedora da Apple e fabricante do iPhone, disseram fontes.

Gou anunciou sua candidatura em agosto, dizendo que queria unir a oposição e garantir que a ilha não se tornasse “a próxima Ucrânia”, culpando o governista Partido Democrático Progressista (DPP) por levar Taiwan à beira da guerra ao antagonizar com a China, que reivindica a ilha como seu próprio território.

Gou, que só obteve o aval da comissão eleitoral na semana passada depois de coletar assinaturas válidas suficientes para concorrer como independente, disse em um comunicado que estava “retirando seu corpo, mas não seu espírito”.

Ele não especificou o que fará na campanha presidencial ou quem poderia apoiar – Hou Yu-ih, do maior partido de oposição de Taiwan, o Kuomintang (KMT), ou o ex-prefeito de Taipé Ko Wen-je, do muito menor Partido Popular de Taiwan (TPP).

“Precisamos vencer! Completar a mudança de poder e mudar Taiwan”, disse Gou.

Ko agradeceu a Gou em um comentário na página de Gou no Facebook.

“Nós definitivamente venceremos!”, acrescentou Ko.

Apesar de uma campanha publicitária maciça com seu rosto estampado em Taiwan, Gou sempre ficou muito atrás de seus rivais nas pesquisas.

Embora Gou tenha deixado o cargo de chefe da Foxconn em 2019 e se demitido como membro do conselho no início de setembro, ele continuou sendo o maior acionista da empresa.

Mas Gou, uma das figuras empresariais de maior destaque internacional de Taiwan, desapareceu da visão pública depois que um jornal chinês informou no mês passado que a China estava investigando a Foxconn sobre impostos e outras questões.

A reportagem, publicada no Global Times, uma publicação fortemente nacionalista, deu a entender que Pequim estava descontente com o fato de Gou poder dividir os votos da oposição, o que poderia garantir a vitória do candidato do DPP, Lai Ching-te, que está liderando as pesquisas.

A decisão de Gou na sexta-feira foi um alívio para a gerência sênior da Foxconn, que havia avaliado cenários para possíveis planos de contingência após a notícia da investigação chinesa, disseram duas pessoas próximas à Foxconn à Reuters.

“É um suspiro de alívio”, afirmou uma das fontes, que não quis ser identificada devido à sensibilidade do assunto.

“Antes, estávamos um pouco inquietos, mas isso basicamente põe fim a isso”, disse a pessoa, referindo-se às preocupações com uma escalada da investigação, o que poderia afetar ainda mais suas operações na China.

A Foxconn se recusou a comentar.

O presidente da Foxconn, Young Liu, disse em uma teleconferência de resultados na semana passada que a empresa “se preparou para todos os casos possíveis”, quando perguntado sobre os possíveis riscos políticos para a empresa decorrentes da candidatura eleitoral de Gou.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Com saída de Assad, nova era começa na Síria e mundo observa

Com saída de Assad, nova era começa na Síria e mundo observa

Por Maya Gebeily e Timour Azhari DAMASCO (Reuters) – Os sírios acordaram na segunda-feira com um futuro esperançoso, embora incerto, depois que os rebeldes tomaram a capital Damasco e o presidente Bashar al-Assad fugiu para a Rússia, após 13 anos de guerra civil e mais de 50 anos de governo

Alemanha diz que solução amigável segue sendo meta para acordo com Mercosul

Alemanha diz que solução amigável segue sendo meta para acordo com Mercosul

BERLIM (Reuters) – A Alemanha não vai se opor a um acordo somente com a União Europeia para alcançar um pacto comercial com o Mercosul, mas o objetivo continua sendo encontrar uma solução amigável nas negociações, disse um porta-voz do governo alemão em Berlim. “Nosso objetivo era — e continua