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Taxas futuras de juros têm queda firme em dia de ajustes no Brasil e acomodação dos Treasuries

Taxas futuras de juros têm queda firme em dia de ajustes no Brasil e acomodação dos Treasuries

Taxas futuras de juros têm queda firme em dia de ajustes no Brasil e acomodação dos Treasuries

SÃO PAULO (Reuters) – As taxas dos contratos futuros de juros fecharam a terça-feira em queda firme no Brasil, dando continuidade ao movimento de ajuste de baixa mais recente, com os rendimentos dos Treasuries mostrando maior acomodação também no exterior.

Na segunda-feira, após terem alcançado o nível de 5%, os rendimentos dos títulos norte-americanos de 10 anos cederam, mas o movimento não foi totalmente transmitido para a curva de juros brasileira. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam muito próximas da estabilidade na véspera, o que abriu espaço para a continuidade dos ajustes nesta terça-feira.

“Estávamos com os (prêmios dos) DIs muito esticados nas últimas semanas, mas ontem (segunda-feira) tivemos alguns movimentos fortes das (taxas dos) Treasuries para baixo”, comentou Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos. “Aqui (a curva) caiu um pouco, mas não acompanhou. Hoje (terça-feira) é a continuidade deste movimento.”

Durante a sessão, os rendimentos dos títulos norte-americanos de 10 anos chegaram a cair e mesmo quando oscilavam no terreno positivo estiveram distantes do patamar de 5%. Esta relativa acomodação dos Treasuries também favorecia a queda das taxas dos DIs no Brasil.

Internamente, a Receita Federal informou que a arrecadação do governo federal teve queda real de 0,34% em setembro ante o mesmo mês do ano anterior, para 174,316 bilhões de reais, marcando a quarta baixa consecutiva nessa base de comparação.

O dado veio praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de 174,400 bilhões de reais.

Apesar de mais um resultado negativo, houve desaceleração no ritmo de baixa da arrecadação, após quedas de 3,37% em junho, 4,20% em julho e 4,14% em agosto, segundo dados ajustados a preços de setembro de 2023.

A queda da arrecadação, apesar de reforçar as dúvidas sobre a capacidade de o governo cumprir suas metas fiscais, não foi um fator suficiente para impulsionar nesta terça-feira a curva de juros brasileira — muito mais sensível à movimentação dos Treasuries no exterior.

Perto do fechamento, os rendimentos dos Treasuries voltaram a ceder, o que ampliou a queda das taxas no Brasil.

A curva a termo precificava perto do fechamento 97% de chances de o corte da taxa básica Selic na próxima semana ser de 0,50 ponto percentual. Já as chances de corte de apenas 0,25 ponto percentual eram precificadas em 3%. Estes percentuais vêm se repetindo desde quarta-feira passada. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,945%, ante 11,046% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,82%, ante 10,975% do ajuste anterior.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,01%, ante 11,165%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,265%, ante 11,42%.

Às 16:39 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 1,10 ponto-base, a 4,8272%.

 

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