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Suíça elogia plano de paz da China e do Brasil para a Ucrânia

Suíça elogia plano de paz da China e do Brasil para a Ucrânia

Suíça elogia plano de paz da China e do Brasil para a Ucrânia

Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) – O Ministério das Relações Exteriores da Suíça apoiou neste sábado um plano de paz liderado pela China para encerrar a guerra na Ucrânia, dizendo que sua visão sobre tais esforços mudou significativamente.

Com a invasão russa sobre a Ucrânia já em seu terceiro ano, ambos os lados do conflito continuam longe de um caminho para a paz.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, insiste em um “plano de vitória”, enquanto o seu par russo, Vladimir Putin, afirma que quaisquer negociações só terão início se Kiev abdicar de grandes porções de seu território e desistir de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Mediadora do conflito, a Suíça, que recebeu um encontro pela paz na Ucrânia em junho, participou de uma reunião com 17 países, na sexta-feira, nos bastidores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), presidida pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e pelo assessor internacional da presidência brasileira, embaixador Celso Amorim.

“Participamos como observadores e apoiamos essa dinâmica”, afirmou à Reuters Nicolas Bideau, porta-voz chefe do Ministério das Relações Exteriores da Suíça.

Bideau afirmou que a visão da Suíça sobre o plano, divulgado em maio, mudou desde que uma referência à Carta da ONU foi adicionada. O documento é o tratado de fundação do órgão, que compromete as nações a buscarem a paz.

“Para nós, isso se traduz em uma mudança significativa em nossa visão sobre essas iniciativas”, disse Bideau.

“Um esforço diplomático concreto organizado pelo grupo sino-brasileiro pode ser de nosso interesse.”

O encontro de paz na Suíça, para o qual a Rússia não foi convidada, foi visto por especialistas em relações internacionais como um esforço do Ocidente para isolar Moscou, fazendo os suíços serem acusados de abandonar séculos de tradição de neutralidade.

Desde então, diplomatas dizem que Berna busca negociações para organizar um segundo encontro, desta vez com países do Sul Global como sede.

(Reportagem de Emma Farge; reportagem adicional de Simon Lewis em Nova York)

 

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