Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago caíram para perto do menor nível em dois anos nesta quarta-feira, com as safras brasileiras se beneficiando da melhora do clima e desafiando as exportações dos Estados Unidos no mercado global, segundo analistas.
Os contratos futuros do milho atingiram o menor patamar em três anos, enquanto os do trigo terminaram quase estáveis, depois de atingirem o nível mais baixo em sete semanas na terça-feira.
Operadores monitoraram o potencial de produção e as exportações do Brasil, o maior fornecedor de soja do mundo, conforme chuvas melhoraram recentemente as condições das safras de soja e milho da América do Sul.
Analistas reduziram as previsões para as safras do Brasil devido aos danos causados pela seca anterior, e sojicultores no Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, enfrentam a pior tendência de produtividade dos últimos 15 anos no ciclo 2023/24, de acordo com a EarthDaily Agro, uma divisão da EarthDaily Analytics, com sede no Canadá.
Entretanto, os embarques de soja para a China, o maior importador mundial da oleaginosa, em fevereiro e março, estão mais baratos no Brasil do que no Golfo dos EUA, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da corretora StoneX.
“Isso me diz que o Brasil não está preocupado com o tamanho de sua safra”, disse Suderman. “O mundo pode conseguir a soja muito mais barata do Brasil neste momento.”
O contrato de soja mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) terminou em queda de 21,50 centavos, a 12,0575 o bushel. O contrato terminou perto do menor nível da sessão de 12,05 e perto do patamar mais baixo de dois anos atingido na sexta-feira, de 12,03 dólares.
O contrato de milho caiu 1,25 centavo, fechando em 4,4225 por bushel, depois de cair mais cedo para 4,40, o nível mais baixo desde dezembro de 2020.
O trigo mais ativo da CBOT subiu 0,50 centavo, a 5,8250 por bushel, enquanto os contratos de trigo diferidos se enfraqueceram.