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Presidente da Câmara dos Comuns do Canadá vai renunciar após elogiar publicamente nazismo

Presidente da Câmara dos Comuns do Canadá vai renunciar após elogiar publicamente nazismo

Presidente da Câmara dos Comuns do Canadá vai renunciar após elogiar publicamente nazismo

Por David Ljunggren e Steve Scherer

OTTAWA (Reuters) – O presidente da Câmara dos Comuns do Canadá disse nesta terça-feira que vai renunciar, poucos dias após elogiar publicamente um ex-soldado nazista no Parlamento, incidente que a Rússia disse ter ajudado a justificar sua guerra contra a Ucrânia.

Anthony Rota disse aos parlamentares que cometeu um erro ao convidar o ex-soldado Yaroslav Hunka, de 98 anos, para participar de uma sessão na Câmara em homenagem ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, na sexta-feira passada. Rota reconheceu publicamente Hunka, chamando-o de herói.

A posição do orador rapidamente tornou-se insustentável, após a descoberta de que Hunka, oavacionado de pé duas vezes pelos parlamentares, serviu em uma das unidades Waffen SS de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. A Rússia classificou o incidente como ultrajante.

“Esse reconhecimento público causou dor a indivíduos e comunidades, incluindo a comunidade judaica no Canadá e em todo o mundo… Aceito total responsabilidade pelas minhas ações”, disse Rota, membro do Partido Liberal, atualmente no poder, acrescentando que a sua demissão aconteceria na quarta-feira. Até então, um vice-presidente estará no comando.

O episódio contribuiu para a narrativa promovida pelo presidente russo, Vladimir Putin, de que enviou o seu exército para a Ucrânia no ano passado para “desmilitarizar e desnazificar” o país, acusação que Kiev e os aliados ocidentais dizem ser infundada.

O furor ajudou a manchar a visita de Zelenskiy, que agradeceu o Canadá pela ajuda de 1 bilhão de dólares em auxílio e armamentos que forneceu desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

A ministra canadense das Relações Exteriores, Melanie Joly, disse anteriormente que Rota deveria renunciar, enquanto o primeiro-ministro, Justin Trudeau, pediu que ele refletisse sobre seu futuro.

(Reportagem de David Ljunggren)

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