GENEBRA (Reuters) – A Organização Mundial da Saúde informou na terça-feira que concluiu uma segunda missão de retirada do Hospital Nasser, de Gaza, transferindo um total de 32 pacientes em estado grave, incluindo crianças, do local em meio aos combates.
O Hospital Nasser, em Khan Younis, o segundo maior de Gaza, parou de funcionar na semana passada após um cerco de uma semana seguido de um ataque, informou a agência da ONU.
A equipe da OMS disse que a destruição ao redor do hospital era “indescritível” e expressou preocupação com cerca de 130 pacientes doentes e feridos e 15 médicos que permanecem no local.
“A OMS teme pela segurança e pelo bem-estar dos pacientes e dos profissionais de saúde que permanecem no hospital e adverte que mais interrupções no atendimento aos doentes e feridos levarão a mais mortes”, disse a OMS no site de mídia social X.
Os esforços para transferir os pacientes restantes continuam, afirmou. O local não tem eletricidade ou água corrente e os resíduos médicos e o lixo estão “criando um terreno fértil para doenças”, acrescentou.
As autoridades de saúde palestinas afirmaram que a situação atingiu um “nível catastrófico” e que as forças israelenses haviam efetivamente convertido o local em um “quartel militar”. As vidas das pessoas que permanecem no local estão diretamente ameaçadas, segundo elas.
Israel diz que o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza desde 2007, usa os hospitais para se proteger. O Hamas nega isso e afirma que as alegações de Israel servem como pretexto para destruir o sistema de saúde.
(Reportagem de Emma Farge e Nidal Al-Mughrabi)