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Mercosul fecha acordo de livre comércio com bloco europeu Efta

Reunião ordinária do Conselho do Mercado Comum e Cumbre de Presidentes dos Estados Unidos do MERCOSUL, com representantes de vários países sul-americanos em palco com bandeiras ao fundo e público assistindo

Por Lisandra Paraguassu e Lucila Sigal

BRASÍLIA/BUENOS AIRES (Reuters) -O Mercosul concluiu as negociações de um acordo de livre comércio com o bloco europeu Efta, formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, afirmaram os dois blocos em declaração conjunta divulgada nesta quarta-feira durante reunião de cúpula do bloco sul-americano que está sendo realizada em Buenos Aires.

O acordo vinha sendo negociado desde 2017 e chegou a ser anunciado em 2019. No entanto, da mesma forma que com as negociações entre Mercosul e União Europeia, os quatro países reverteram suas posições e pediram mais garantias ambientais, em meio ao crescimento exponencial do desmatamento no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro.

“O Acordo de Livre Comércio Mercosul-Efta criará uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de US$4,3 trilhões. Ambas as partes se beneficiarão de melhoras em acesso a mercado para mais de 97% de suas exportações, o que aumentará o comércio bilateral e beneficiará empresas e cidadãos”, afirma a declaração conjunta.

“Diante dos avanços obtidos, o Mercosul e os Estados da Efta compartilham o compromisso de dar os passos necessários para garantir a assinatura do Acordo de Livre Comércio nos próximos meses de 2025.”

As negociações com o Efta avançaram em paralelo com a UE, e tomaram impulso depois da eleição de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos. Assim como os líderes da UE, os chefes de Estado dos quatro países consideraram o momento uma oportunidade para ampliar mercados em meio às políticas protecionistas do novo governo norte-americano.

O vice-presidente da Suíça, Guy Parmelin, responsável pelas negociações comerciais do Efta, chegou na terça a Buenos Aires para o anúncio do acordo. A assinatura final, no entanto, deve demorar alguns meses, já que o texto precisa ser aprovado pelos Parlamentos de todos os países.

Ministros das Relações Exteriores dos dois blocos disseram em entrevista coletiva que estão comprometidos em adotar as medidas necessárias para que o acordo seja assinado nos próximos meses.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que o Brasil está preparado para agir “o mais rápido possível para assinar o acordo”.

Ele acrescentou que o governo brasileiro espera finalizar o acordo no segundo semestre de 2025, quando o Brasil ocupará a presidência rotativa do Mercosul, juntamente com o acordo entre Mercosul e União Europeia.

Ao contrário do acordo Mercosul-UE não se esperam resistências dos europeus. Enquanto na UE a França, principalmente, e também outros países são contrários ao acordo, os quatro países do Efta são todos favoráveis. “É uma negociação muito mais simples”, disse uma fonte com conhecimento do assunto. A conclusão do acordo entre Mercosul e Efta havia sido antecipada na véspera à Reuters por fontes com conhecimento do assunto.

O acordo Mercosul-UE foi finalizado e anunciado em dezembro de 2024, durante a cúpula de Montevidéu. No entanto, ainda precisa passar pela aprovação do Parlamento e do Conselho Europeu, o que se espera para o segundo semestre deste ano.

A intenção do governo brasileiro e da UE é que a assinatura aconteça em dezembro, durante a presidência do Brasil no Mercosul.

(Edição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)

 

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