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Ao lado de Macron, Lula diz que concluirá acordo UE-Mercosul neste ano e pede que francês “abra coração”

Imagem de dois homens de terno em uma conversa séria, um deles apontando com o dedo, em ambiente formal. Fotografia que transmite discussão ou debate político.

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que concluirá o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul no segundo semestre deste ano, durante a presidência brasileira do bloco sul-americano, e pediu que seu homólogo francês “abra o coração” para a possibilidade do acordo.

Durante visita de Estado a Paris, Lula disse ainda, em declaração à imprensa ao lado de Macron, que estava pedindo ao líder francês que ele não permita que países europeus duvidem do compromisso brasileiro com a redução do desmatamento e afirmou que a agricultura francesa, principal foco de resistência ao acordo, também pode se beneficiar da aliança comercial.

“Quero aqui, Macron, afirmar na frente da imprensa brasileira e da imprensa francesa que eu assumirei a presidência do Mercosul no próximo dia 6, o mandato é de seis meses e eu quero lhe comunicar que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia”, disse Lula.

“Portanto, meu caro, abra seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul. Essa é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário”, acrescentou, dizendo ainda que quer que Macron participe da cerimônia de assinatura do acordo.

Macron tem manifestado oposição veemente ao acordo comercial entre Mercosul e UE, em linha com a posição do setor agrícola da França, que tem grande influência política no país.

Um dos principais pontos de crítica ao acordo na França e na Europa é a questão ambiental, embora defensores do acordo no Brasil apontem que a resistência se dá devido à competitividade do setor agrícola brasileiro nos mercados internacionais.

“O companheiro Macron pode dizer aos agricultores franceses: pode ter no mundo alguém preocupado com o meio ambiente igual o meu governo, mas não tem ninguém melhor”, disse Lula.

“É importante que os agricultores franceses saibam que possivelmente nossa agricultura seja complementar. O que não pode, companheiro Macron, é um bloqueio.”

Lula também fez um pedido público a Macron para que o líder francês não permita que o compromisso ambiental do Brasil seja colocado em dúvida na Europa.

“Eu queria pedir ao Macron uma coisa muito séria: não permita que nenhum país europeu coloque dúvida sobre a defesa que o Brasil faz para diminuir o desmatamento”, afirmou.

O presidente afirmou ainda estar convencido da necessidade de Brasil e França estarem juntos na defesa da democracia, do multilateralismo e do livre comércio.

 

(Por Lisandra Paraguassu, em Brasília)

 

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