thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Empresas brasileiras têm muito o que melhorar em segurança digital, mostra pesquisa Abrasca/SDL

Empresas brasileiras têm muito o que melhorar em segurança digital, mostra pesquisa Abrasca/SDL

SÃO PAULO (Reuters) – Uma parte relevante das maiores empresas do país ainda está distante das recomendações e melhores práticas indicadas pelas principais agências mundiais de cibersegurança, de acordo com um estudo inédito da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) em parceria com o The Security Design Lab (SDL).

Divulgada nesta quarta-feira, a pesquisa, que usou a metodologia Cyber Score, que mede o nível de maturidade e risco em cibersegurança, mostrou que as companhias alcançaram uma nota média de 4,9 numa escala de zero a 10, o que indica um grau de maturidade mediano.

Foram contabilizadas as respostas de 109 empresas dos setores de agronegócio, educação, energia, engenharia, financeiro, indústria, óleo e gás, saúde, serviços, tecnologia, telecomunicações e varejo. O questionário de 86 perguntas segmentadas em 12 capítulos foi aplicado entre maio e agosto deste ano.

As empresas que alcançaram os maiores índices de compliance em cibersegurança forma dos setores da indústria/manufatura, telecomunicações, óleo e gás e financeiro.

“A importância do tema no mercado de capitais é crescente e sem volta”, afirmou em comunicado o presidente-executivo da Abrasca, Pablo Cesário, acrescentando que a questão deixou de ser um problema da área de tecnologia da informação (TI) e se transformou em uma questão para todas as companhias, abertas ou não.

“O mundo está se movimentando no sentido de regulações mais adequadas à nova realidade e de melhores práticas, daí a importância de termos dados atualizados para entender onde estamos e, com isso, balizar a discussão ‘com os pés no chão’, de forma pragmática e eficiente”, acrescentou.

Entre as empresas com ações na B3 que já sofreram ataques digitais nos últimos anos estão JBS, Lojas Renner, Natura&Co, Fleury, Porto Seguro e CVC.

Na visão do diretor para a América Latina do The Security Design Lab, Alexandre Vasconcelos, a nota obtida na média geral demonstra muito espaço para melhorias, mas trata-se de um cenário não destoante do que apontam pesquisas globais.

De acordo com o estudo Abrasca/SDL apresentado nesta quarta-feira, 93% das empresas possuem algum mecanismo para detectar ataques cibernéticos e 65% se dizem capazes de identificar e agir em resposta a incidentes para assegurar a continuidade do negócio e suas funções.

Mas 42% não possuem um plano de resposta a incidentes de cibersegurança, 65% não orientam a equipe para lidar e responder a esses tipos de incidentes e 73% não possuem mecanismos de controle de acesso para sistema tecnologia operacional (OT) e sistemas de controle industrial (ICS).

Ainda de acordo com a pesquisa, 42% das companhias não possuem um executivo responsável pela segurança da informação, 46% não possuem um comitê de segurança da informação, 51% não possuem uma análise de impacto de negócio e 40% não possuem um plano de continuidade de negócio.

Vasconcelos ressalta que uma companhia pode ter a sua operação afetada, sem ter sido alvo direto de um ataque, como pela cadeia de suprimentos. E destacou que o estudo “mostra um dado preocupante, onde 52% das companhias não implementam gestão de riscos para esta cadeia”.

Ainda conforme a análise, 43% das empresas autenticam em sistemas críticos, utilizando login e senha, e apenas 2% utilizam modernas tecnologias como autenticação sem senha (passwordless). E 41% dos dispositivos conectados das empresas não implementam proteção de dados em trânsito.

 

(Por Paula Arend Laier)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

mãos cruzados sob contrato de honorários advocatícios

Honorários Advocatícios: o que são e como funcionam na prática?

Você sabe o que são honorários advocatícios e como eles impactam a relação entre advogado e cliente? Os honorários advocatícios são a remuneração que os advogados, regularmente inscritos na OAB, recebem pela prestação de serviços jurídicos. Muito além de uma simples contraprestação, sua aplicação envolve aspectos legais, éticos e práticos

Meta usará postagens públicas e interações de IA para treinar modelos na UE

Meta usará postagens públicas e interações de IA para treinar modelos na UE

(Reuters) – A Meta informou esta segunda-feira que utilizará interações que os usuários têm com sua inteligência artificial, bem como postagens públicas e comentários compartilhados por adultos em suas plataformas, para treinar seus modelos de IA na União Europeia. A ação da controladora do Facebook ocorre após a companhia lançar

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.