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Dólar tem leve alta após rebaixamento dos EUA e com tarifas em foco

Nota de cem dólares enrolada sobre um mapa, simbolizando viagens e economia. Ideal para conteúdos sobre finanças e turismo.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista tinha leve alta ante o real nesta segunda-feira, à medida que os mercados globais reagiam ao rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s e à continuação das incertezas comerciais, enquanto os investidores nacionais também avaliavam dados de atividade econômica.

Às 9h54, o dólar à vista subia 0,17%, a R$5,6787 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,33%, a R$5,707 na venda.

Os movimentos da moeda brasileira nesta sessão tinham como pano de fundo as perdas da divisa dos EUA e de ativos de maior risco no exterior, com investidores buscando ativos seguros após a decisão da Moody’s na sexta, gerando pressão sobre o real e seus pares emergentes.

A agência de classificação de risco rebaixou a nota de crédito da maior economia do mundo em um degrau, de “Aaa” para “Aa1”, citando dívida e juros crescentes, “que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação semelhante”.

O corte ocorreu após um rebaixamento feito pela rival Fitch, que em agosto de 2023 também reduziu a classificação soberana norte-americana em um nível, citando a deterioração fiscal esperada e repetidas negociações urgentes sobre o teto da dívida. A Standard & Poor’s rebaixou os EUA em 2011.

A percepção de investidores sobre a mudança é de que os prêmios de risco dos EUA tendem a ficar elevados, o que implica uma taxa de juros alta e rendimentos maiores para os Treasuries no médio e longo prazo, o que torna os títulos mais atraentes para recursos estrangeiros, afetando ativos mais arriscados.

“O downgrade da nota de crédito dos EUA está reverberando um pouco… naturalmente, o mercado vai pedir um pouco mais de prêmio pelo risco EUA e deve refletir nos Treasuries também”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

O rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 12 pontos-base, a 4,558%.

Em relação à divisa dos EUA, o movimento deste pregão implicava uma fuga em direção a outras moedas vistas como seguras, como o euro e, principalmente, o iene.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,52%, a 100,240.

As incertezas comerciais continuam em foco, com os mercados à espera do anúncio de novos acordos comerciais dos EUA com seus parceiros, já que negociações seguem em andamento para conter as altas tarifas do presidente Donald Trump.

Na cena doméstica, o mercado avaliava dados sobre atividade econômica, com o Banco Central informando que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou em março 0,8%, em resultado acima do esperado.

Mais cedo, analistas consultados pelo BC na pesquisa Focus voltaram a reduzir a estimativa para a inflação este ano, agora projetada em 5,50%, de 5,51% na semana anterior. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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