thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dólar ronda estabilidade com políticas comercial e fiscal dos EUA em foco

Imagem de várias notas de dinheiro em dólares americanos sendo manuseadas, com destaque para as cédulas de 100 dólares. Uma pessoa segura as notas em uma mão, mostrando detalhes do papel moeda.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nesta quarta-feira, à medida que os investidores continuam de olho nas negociações comerciais dos Estados Unidos com parceiros, enquanto acompanham o impasse sobre a legislação tributária do presidente Donald Trump no Congresso.

Às 9h43, o dólar à vista caía 0,06%, a R$5,6642 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,14%, a R$5,668 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo a fraqueza da divisa norte-americana frente a seus pares fortes e uma relativa estabilidade ante moedas emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.

Os investidores pareciam evitar realizar grandes apostas em qualquer direção, conforme aguardam novos impulsionadores para os dois assuntos que têm influenciado as negociações nesta semana: a política comercial dos EUA e temores com o cenário fiscal da maior economia do mundo.

Sobre o comércio, os mercados esperam por mais anúncios de acordos tarifários pelos EUA, que tem negociado com parceiros a redução permanente das altas tarifas anunciadas em 2 de abril. O país já anunciou um acordo com o Reino Unido e uma trégua comercial com a China.

“O choque tarifário já meio que passou, as tensões comerciais foram reduzidas, embora de maneira temporária. A gente não sabe o que vai acontecer, mas se espera que o choque tenha prejuízos para a economia norte-americana, a gente só não sabe qual vai ser a magnitude desses impactos”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Já em relação ao fiscal, o foco está em torno das discussões no Congresso dos EUA sobre um projeto de lei de cortes de impostos que, se aprovado em seu atual formato, pode acrescentar até US$5 trilhões de dólares à divida do governo, segundo analistas independentes.

O acréscimo desse montante à dívida tem preocupado os investidores, principalmente depois que a agência Moody’s rebaixou na semana passada a nota de crédito dos EUA, de “Aaa” para “Aa1”, citando os déficits fiscais crescentes do país como motivo de receio.

Na véspera, Trump foi ao Congresso para tentar persuadir parlamentos republicanos a deixarem suas diferenças de lado a fim de aprovarem a legislação, mas não obteve sucesso.

Com isso, o movimento dos mercados em geral ao longo da semana tem sido de venda de ativos dos EUA, com quedas do dólar e de ações de Wall Street, e alta nos rendimentos dos Treasuries, à medida que os investidores buscam diminuir sua exposição à economia norte-americana.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,27%, a 99,690.

Na cena doméstica, o destaque da semana tem sido os recordes históricos atingidos pelo Ibovespa, que fechou acima dos 140 mil pontos pela primeira vez na terça, o que auxilia na atração de recursos externos ao país e, consequentemente, na valorização da moeda brasileira.

(Edição de Isabel Versiani e Camila Moreira)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem do Congresso Nacional do Brasil, com destaque para as duas torres gêmeas na Praça dos Três Poderes, Brasília, símbolo da política brasileira.

Congresso derruba parte de vetos de Lula à lei das eólicas offshore

BRASÍLIA (Reuters) – O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira parcialmente vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma série de itens incluídos pelos parlamentares durante a tramitação do projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar, o que deverá ter um impacto nos próximos anos

Imagem de um homem de terno azul escuro, barba branca e cabelos grisalhos, falando em um evento oficial ao lado da bandeira do Brasil, com um cartaz que mostra 'Paris, Quinta-feira, 5 de junho de 2025'.

Lula cobra do G7 contribuições ambiciosas para redução de aquecimento global

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma de suas falas no G7, nesta terça-feira, para cobrar que os presidentes presentes na Cúpula aumentem as ambições de seus países em suas contribuições para evitar o aquecimento global, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.