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Dólar recua na abertura de semana marcada por decisões de BCs

Notas de cem dólares roladas sobre um mapa, simbolizando finanças e investimentos.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava ante o real nesta segunda-feira, abrindo uma semana marcada por decisões de bancos centrais ao redor do mundo, incluindo Federal Reserve, Banco da Inglaterra e o Banco Central do Brasil, enquanto a guerra comercial entre Estados Unidos e China continua no radar.

Às 9h40, o dólar à vista caía 0,36%, a R$5,6356 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,52%, a R$5,665 na venda.

Os movimentos do real ocorriam na esteira de perdas amplas da divisa norte-americana no exterior, incluindo quedas ante pares fortes, como o euro e o iene, e pares emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Como pano de fundo das negociações cambiais estava o otimismo desencadeado na semana passada por sinalização de Pequim de que estaria analisando uma proposta de Washington para iniciar discussões comerciais, o que levantou expectativas pelo fim do impasse tarifários.

Dados fortes de emprego dos EUA na sexta também forneceram alívio aos investidores, mostrando que o mercado de trabalho do país continua estável e afastando algumas preocupações de recessão, que vinham crescendo diante da escalada do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Na mais recente notícia sobre a política tarifária, o presidente Donald Trump disse no domingo que os EUA estão se reunindo com muitos países, incluindo a China, para tratar de acordos comerciais, e que sua principal prioridade com Pequim é garantir um acordo comercial justo.

Em relação ao Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no domingo que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a política tarifária norte-americana, apontando que os dois países estão negociando os “termos de um entendimento” em relação à questão.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,37%, a 99,509.

Ao longo da semana, as atenções se voltarão para decisões de bancos centrais. O destaque será o anúncio do Fed na quarta-feira, com a expectativa de que manterá a taxa de juros inalterada. O Banco da Inglaterra, por sua vez, divulgará sua decisão na quinta-feira.

O Comitê de Política Monetária (Copom) publicará sua decisão na quarta, tendo já anunciado anteriormente que deve elevar a taxa Selic, agora em 14,25% ao ano, em uma magnitude menor que os aumentos anteriores recentes de 1 ponto percentual.

Operadores estão projetando 68% de chance de o Copom elevar a Selic em 0,5 ponto, com 32% das apostas apontando para uma alta menor, de 0,25 ponto.

O foco dos investidores estará principalmente na forma como as autoridades desses bancos centrais veem os impactos das incertezas comerciais no crescimento econômico e na inflação.

“A escalada das tensões comerciais globais… introduziu novas incertezas ao panorama internacional. Para o Brasil, contudo, os efeitos esperados são de natureza desinflacionária, embora ainda persistam algumas dúvidas”, disseram analistas do BTG Pactual em relatório.

Na cena doméstica, analistas consultados pelo BC em sua pesquisa Focus alteraram a projeção para o nível da taxa básica de juros ao fim deste ano pela primeira vez em 17 semanas, enquanto mantiveram a expectativa para 2026.

O levantamento mostrou que a mediana das projeções para a Selic ao fim de 2025 agora é de 14,75%, após 16 semanas consecutivas em que a expectativa esteve em 15,00%, enquanto para 2026 a previsão continua sendo de que a taxa atingirá 12,50%.

 

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