thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dólar oscila pouco com anúncios de Trump e decisões de BCs em foco

Homem utilizando um telefone próximo a um painel de câmbio e turismo, com notas de dinheiro na mão e informações de taxas de câmbio visíveis.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar oscilava pouco nesta quinta-feira, em linha com a cautela observada nos mercados globais, à medida que os investidores seguem à espera de mais anúncios de medidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e se posicionam para decisões de bancos centrais ao longo da próxima semana.

Às 9h37, o dólar à vista subia 0,28%, a 5,9630 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,24%, a 5,966.5 reais na venda.

O movimento desta sessão contrastava completamente com as amplas perdas da moeda norte-americana na véspera, quando os agentes financeiros reagiram à falta de medidas concretas sobre os planos tarifários de Trump e ajustavam suas posições defensivas montadas nos últimos meses.

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em queda de 1,41%, aos 5,9463 reais — a menor cotação desde 27 de novembro de 2024, quando encerrou em 5,9141 reais. Desde 11 de dezembro a moeda não terminava o dia abaixo dos 6,00.

O principal foco nos mercados continua sendo as expectativas sobre como será a política comercial dos EUA sob o comando de Trump, após ele ter prometido a imposição de uma série de tarifas durante sua campanha presidencial.

Nos primeiros dias no cargo, no entanto, o presidente tem se restringido a apenas orientar as agências federais a investigarem os déficits comerciais dos EUA, mesmo renovando as ameaças feitas no ano passado de impor taxas sobre China, México, Canadá e União Europeia.

Uma vez que analistas projetam que as tarifas seriam inflacionárias para os EUA, favorecendo o dólar por forçar o Federal Reserve a manter os juros elevados, investidores têm reduzido o preço da divisa dos EUA diante da possibilidade de uma abordagem mais moderada no comércio global.

“O movimento visto ontem não tem relação a novidades no cenário interno, mas sim no desmonte das expectativas em relação ao presidente Donald Trump no que tange à questão das tarifas comerciais”, disse Marcio Riauba, chefe da mesa de operaçōes da StoneX Banco de Câmbio.

“Hoje, os ativos devem testar a resiliência vista de ontem, principalmente com foco nos movimentos ou nas falas de Donald Trump”, completou.

Nesse ponto, as atenções estarão voltadas nesta quinta para a participação virtual de Trump no Fórum Econômico Mundial, em Davos, às 13h, em que ele deve esclarecer a líderes políticos e empresariais sua visão econômica para os próximos quatro anos.

Na frente de dados, os agentes financeiros analisarão números de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, às 10h30, em busca de mais sinais sobre o estado do mercado de trabalho dos EUA.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,08%, a 108,360.

Ao longo da próxima semana, o foco tende a se direcionar para uma série de decisões de bancos centrais, com destaque para a reunião do Banco do Japão, na sexta-feira, que pode voltar a subir sua taxa de juros.

O Fed anuncia sua decisão na quarta-feira, com expectativa de que mantenha os juros, enquanto o Banco Central Europeu define o patamar de sua taxa na próxima quinta, quando se espera que as autoridades reduzam os custos dos empréstimos.

Na cena doméstica, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia sua decisão também na quarta-feira, tendo já sinalizado na reunião de dezembro que elevará a Selic, agora em 12,25% ao ano, em 1 ponto percentual neste mês.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já afirmou anteriormente que a “barra é alta” para alterar a orientação de juros da autarquia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 em Kananaskis, Charlevoix, no ano de 2025, destacando líderes globais em ambiente natural.

G7 alerta Rússia sobre novas sanções se não houver acordo de cessar-fogo

LA MALBAIE, Canadá (Reuters) – As nações do G7 enfatizaram nesta sexta-feira a necessidade de “acordos de segurança” robustos para garantir um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, alertando Moscou para seguir Kiev no acordo de cessar-fogo ou enfrentará novas sanções, de acordo com um rascunho final do comunicado.