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Canadá e México aumentarão segurança nas fronteiras nesta semana para evitar tarifas dos EUA

Fila de caminhões pesados em estrada, demonstrando a importância do transporte rodoviário e o movimento do setor logístico.

Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) – Canadá e México devem intensificar nesta semana os esforços para aumentar a segurança e combater o tráfico de fentanil nas fronteiras com os Estados Unidos, a fim de persuadir o presidente Donald Trump de que as medidas estão funcionando e evitar a imposição de tarifas de 25% em 4 de março.

Os dois países têm tomado medidas para reforçar a segurança nas fronteiras, o que lhes garantiu cerca de um mês de isenção das tarifas que poderiam causar prejuízos à economia altamente integrada da América do Norte.

As negociações desta semana, junto de novos relatórios do Departamento de Segurança Interna dos EUA, ajudarão a determinar se o governo Trump estenderá a suspensão das tarifas por mais tempo, disse Dan Ujczo, advogado especializado em questões comerciais entre EUA e Canadá.

Mesmo que isso aconteça, Trump provavelmente manterá a ameaça tarifária pelo menos até que haja evidências claras de que as medidas estejam interrompendo os fluxos de imigrantes e de fentanil, afirmou o especialista.

“Há progresso sendo feito na frente de segurança”, disse Ujczo, advogado sênior da Thompson Hine. “Mas é excessivamente otimista pensar que essas tarifas seriam totalmente revogadas.”

A Casa Branca, o gabinete do representante comercial dos EUA e o Departamento de Comércio não responderam a pedidos de comentários sobre as negociações esperadas para esta semana, antes do prazo final de 4 de março.

A implementação das tarifas afetaria mais de US$918 bilhões em importações norte-americanas dos dois países, de automóveis a energia.

MAIS AMEAÇAS TARIFÁRIAS

Desde a ameaça inicial de tarifas de 25% de Trump e a imposição de uma taxa de 10% sobre todas as importações chinesas, o republicano apresentou mais ações tarifárias que poderiam atrapalhar as negociações sobre as fronteiras.

As medidas incluem o aumento das tarifas sobre aço e alumínio para 25%, revogando isenções de longa data para o Canadá e o México, os maiores exportadores de metais para os EUA.

Esses aumentos, que se estendem a centenas de produtos siderúrgicos, têm previsão de entrar em vigor uma semana após as tarifas relacionadas às fronteiras, em 12 de março.

Trump também disse que pretende impor alíquotas de 25% sobre as importações de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores, além de ordenar tarifas “recíprocas” para igualar as taxas de impostos e as barreiras comerciais de outros países.

A ameaça de impor mais tarifas poderia antecipar o início da renegociação do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, que deve ocorrer até 2026, acrescentou Ujczo.

Trump sancionou o USMCA (um acordo entre os três países) em 2020, após renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte de 1994, mas tem expressado cada vez mais insatisfação com as importações de automóveis do México e do Canadá.

PROGRESSO CITADO

O México começou a enviar até 10.000 soldados da guarda nacional para sua fronteira norte, como parte do acordo que, segundo a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também pede aos EUA que trabalhem para impedir o fluxo de armas de fogo para o México.

Neste mês, o Canadá anunciou um novo “czar do fentanil” para coordenar a batalha contra o contrabando do opioide, nomeando Kevin Brosseau, funcionário sênior de inteligência, para a função.

Ottawa também reclassificou os cartéis de tráfico de drogas como entidades terroristas e enviou drones, helicópteros e outras tecnologias de vigilância para a vasta fronteira norte dos EUA.

(Reportagem de David Lawder)

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