RIO DE JANEIRO (Reuters) – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta quarta-feira que a Autoridade Climática, por se tratar de um órgão técnico, fique sob a gestão de sua pasta.
Novamente anunciado no mês passado em meio a uma onda de incêndios florestais que tomou o país, o novo órgão ainda não saiu do papel.
“Nesse momento, há um processo de discussão interna no governo. Tem uma complexidade que é a criação de um novo marco legal para a figura da emergência climática”, disse ela em evento no Rio de Janeiro.
“A mesma coisa a Autoridade Climática, porque pressupõe Know how e todo um conjunto de ações que precisa estar no bloco certo. A autoridade é uma instituição técnica, exatamente para evitar qualquer tipo de sazonalidade política, colocando os dados, fazendo modelagens e os alertas”, acrescentou.
Em recente entrevista, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, chegou a dizer que a autoridade era, por enquanto, apenas um “Power Point”.
Marina disse ainda que a Autoridade Climática não seria um “xerife climático”, focado em aplicar multas, punições e sanções. O órgão ficaria responsável, segundo ela, pela formulação de propostas e modelagens de cenários.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)