PEQUIM (Reuters) – O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, participará da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 nesta semana no Rio de Janeiro, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira.
O ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, não pôde comparecer à reunião devido a conflitos de agenda, disse o porta-voz Mao Ning em uma coletiva de imprensa regular. Wang está na Europa, onde se reuniu com uma série de líderes da Alemanha, Espanha e França.
O G20 deste ano está sendo presidido pelo Brasil e esta será a primeira reunião do ano dos ministros das Relações Exteriores das principais economias do mundo.
De acordo com o site do G20 Brasil, o grupo deve discutir uma série de questões, incluindo “a situação no Oriente Médio e a ofensiva russa na Ucrânia, que continuam a gerar preocupação global com a crise humanitária e as consequências geopolíticas e econômicas dos conflitos”.
Em um comunicado também nesta quarta-feira, a Rússia chamou qualquer discussão do G20 sobre a Ucrânia de “destrutiva”.
Quando perguntado sobre a inclusão da crise da Ucrânia na agenda e a objeção da Rússia, Mao disse que o G20 é o principal fórum para a cooperação econômica internacional, “não uma plataforma para resolver questões geopolíticas e de segurança”.
“Esperamos que essa reunião de ministros das Relações Exteriores ajude a promover a solidariedade e a cooperação entre todas as partes e faça contribuições positivas para o crescimento econômico mundial e o desenvolvimento global”, disse Mao.
Ma se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, na terça-feira, onde destacou o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil, de acordo com um comunicado separado do Ministério das Relações Exteriores da China divulgado nesta quarta-feira.
Mao disse que a China quer cooperar ainda mais com o Brasil no fortalecimento de estratégias de desenvolvimento e colaboração em vários campos, e levar as relações a um novo patamar, segundo o comunicado.
(Reportagem de Liz Lee e Redação Pequim)