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Principal tribunal da Venezuela suspende resultados das primárias presidenciais da oposição

Principal tribunal da Venezuela suspende resultados das primárias presidenciais da oposição

Principal tribunal da Venezuela suspende resultados das primárias presidenciais da oposição

Por Mayela Armas e Vivian Sequera

CARACAS (Reuters) – O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela disse nesta segunda-feira que suspendeu os resultados das primárias presidenciais da oposição realizadas há pouco mais de uma semana, apesar de um acordo eleitoral entre governo e oposição que permite que cada lado escolha seu candidato presidencial de acordo com regras internas.

A decisão pode irritar os Estados Unidos, que este mês reverteu algumas sanções em troca do acordo eleitoral.

O Departamento de Estado já disse que restabelecerá as sanções se o governo do presidente Nicolás Maduro não suspender as proibições a alguns candidatos da oposição e não libertar os presos políticos e os norte-americanos “detidos injustamente” até o final de novembro.

A decisão do tribunal, que a oposição considera um braço do governo, ocorre depois que o procurador-geral anunciou na semana passada que seu gabinete estava investigando as primárias e os membros de sua comissão organizadora por violações eleitorais, crimes financeiros e conspiração.

Os membros da comissão organizadora se reuniram com os promotores nesta segunda-feira para entrevistas relacionadas ao caso, disse a comissão nas redes sociais.

A oposição e a vencedora das primárias, Maria Corina Machado, têm insistido repetidamente que a votação foi transparente e justa.

O governo tem denunciado supostas fraudes desde a votação de 22 de outubro, que foi organizada sem ajuda estatal e que, segundo os organizadores, atraiu mais de 2,3 milhões de eleitores.

O governo de Maduro, no poder há uma década, e a oposição firmaram um acordo eleitoral em Barbados, concordando com a participação de observadores internacionais na eleição presidencial de 2024 e que cada lado poderia escolher seu candidato de acordo com regras internas.

“Pedimos a Nicolás Maduro e aos seus representantes que cumpram os compromissos que assumiram na assinatura do acordo sobre o roteiro político”, disse um porta-voz do Departamento de Estado. “O governo dos EUA tomará medidas se Maduro e os seus representantes não cumprirem os seus compromissos.”

Tanto a investigação quanto a decisão vieram a pedido do parlamentar José Brito, que, segundo o tribunal, queria participar das primárias.

Brito não pertence a nenhum dos partidos que participaram.

“Seguindo o requerimento de proteção preventiva, e em consequência, todos os efeitos das diferentes fases do processo eleitoral conduzido pela Comissão Nacional de Primárias estão suspensos”, disse o tribunal em seu site.

A comissão deve apresentar todos os documentos relacionados à sua criação, registro de candidatos, registros de votação e outros documentos, disse o tribunal.

A comissão também deve prestar contas da participação de candidatos como Machado, que está impedida de ocupar cargos públicos em uma decisão que a oposição diz ser ilegal.

A oposição recusou este mês a oferta de ajuda das autoridades eleitorais para organizar as primárias e seu pedido para adiar a votação até novembro, depois que as autoridades levaram vários meses para responder ao pedido de ajuda da oposição.

 

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