Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) – Daniel Noboa, herdeiro de uma fortuna empresarial, lidera algumas das pesquisas publicadas nesta quinta-feira antes da disputa presidencial do Equador, em 15 de outubro, embora duas delas o posicionem em empate técnico com sua adversária Luisa González, representante de um ex-presidente de esquerda.
Noboa, filho do barão das bananas Álvaro Noboa, propôs benefícios para as empresas que contratarem jovens e disse que iria promover os investimentos privados em eletricidade e petróleo além de atrair o capital estrangeiro. Ele também prometeu usar a tecnologia para combater uma onda prolongada de crimes.
Já González, de 45 anos, prometeu trazer de volta programas sociais abrangentes implementados por seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa, impulsionar a produção de petróleo e injetar 2,5 bilhões de dólares de reservas internacionais na economia.
Noboa, de 35 anos, obteria 41,5% do total de votos, incluindo os brancos e nulos, enquanto González, que liderou o primeiro turno de votação, obteria 36,4%, segundo a empresa de pesquisas Comunicaliza.
“O debate basicamente não afetou a intenção de voto em Noboa… mas aumentou o apoio a Gonzalez (+3,3%)”, escreveu Álvaro Marchante, chefe da entidade que realiza as pesquisas na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, em referência a um debate televisionado no final de semana.
Cerca de 12,4% dos entrevistados ainda não decidiram em quem votar, enquanto 9,7% disseram que votariam em branco ou nulo, disse a empresa. A pesquisa, realizada esta semana, contou com 5.265 pessoas e teve margem de erro de 1,35%.
Enquanto isso, uma pesquisa da Negocios & Estrategias mostrou que Noboa tinha apenas uma ligeira vantagem sobre González, prevendo que ele ganharia 39% do total de votos contra 38,63% dela, um empate dentro da margem de erro, que é de 1,8%.
González venceria com 47,6%, mostrou uma terceira pesquisa, da Maluk Resarch, com Noboa atrás com 45,5% e votos de protesto com 6,9%, colocando os dois em outro empate técnico na sondagem com margem de erro de 3%.
(Reportagem de Alexandra Valencia)