NOVA YORK (Reuters) – O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, disse nesta terça-feira que a empresa está “aproximando” sua equipe de pesquisa de inteligência artificial do time de IA generativa montado no ano passado, consolidando assim uma dobradinha para introduzir essa tecnologia em produtos da empresa. O time de IA generativa é mais focado na área comercial.
A gigante das redes sociais está melhorando sua infraestrutura para acomodar essa mudança e planeja ter cerca de 350 mil GPUs H100 (unidades de processamento gráfico) da fabricante de chips Nvidia até o fim do ano, disse Zuckerberg nas plataformas Instagram e Threads, ambas da Meta.
Em combinação com chips equivalentes de outros fornecedores, a Meta terá agora um total de 600 mil GPUs até o fim do ano, disse o executivo. Isso colocará o sistema da companhia, quando finalizado, entre os maiores da indústria da tecnologia. Em comparação, a Amazon anunciou no ano passado que estava construindo um sistema com 100 mil chips Trainium2, enquanto a Oracle criou um sistema com 32 mil GPUs H100 da Nvidia.
Um porta-voz da Meta se negou a dizer quais outros fornecedores a empresa usará, além da líder de mercado Nvidia, apesar de a companhia ter dito publicamente que espera usar chips da AMD. A Reuters informou previamente que a Meta também tem um chip tipo GPU em desenvolvimento interno.
No ano passado, a Meta fez um grande esforço para construir seu arsenal de computação e apoiar a mobilização em torno da IA generativa, depois de anos produzindo pesquisas sobre a tecnologia por meio da equipe FAIR. Houve, contudo, pouco foco em incorporá-la aos seus principais produtos de redes sociais e hardware de realidade virtual e aumentada.
Porém, no ano passado, após o sucesso do ChatGPT, da OpenAI, a empresa montou uma equipe de “GenAI” para mudar essa realidade. (Reportagem de Katie Paul em Nova York; reportagem adicional de Stephen Nellis em São Francisco)
((Tradução Redação São Paulo))
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