thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Manifesto de frentes parlamentares do Congresso pede devolução de MP do governo

Imagem do Congresso Nacional do Brasil com os dois edifícios gêmeos altos e pessoas caminhando em frente, simbolizando arquitetura moderna e governo.

BRASÍLIA (Reuters) -Uma coalizão formada por 20 frentes parlamentares temáticas de setores produtivos apresentou nesta sexta-feira um manifesto pedindo que o Congresso Nacional devolva imediatamente a medida provisória editada nesta semana pelo governo com uma série de medidas de aumento tributário e ações de contenção de gastos.

No documento, os parlamentares pedem que o Legislativo não aceite retrocessos que prejudiquem a produtividade, ameacem empregos e comprometam “a esperança por um país melhor e mais justo”.

“A Coalizão das Frentes Parlamentares Produtivas defende a imediata devolução da MP 1303/2025 e conclama o Congresso Nacional a assumir uma postura firme em defesa da segurança jurídica, da liberdade econômica e da estabilidade fiscal, como tem feito desde o princípio”, afirma o documento.

O governo publicou na quarta-feira um decreto calibrando para baixo parte dos aumentos do IOF anunciados em maio e uma medida provisória que, visando compensar a redução da arrecadação, eleva a taxação sobre bets, institui a tributação sobre ganhos com títulos atualmente isentos, altera o imposto de outras aplicações financeiras e prevê, ainda, algumas medidas de contenção de despesas.

Entre os signatários do documento estão as frentes parlamentares do Empreendedorismo, da Agropecuária, do Comércio e Serviços, da Saúde, do Turismo e da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

Para o grupo, a MP editada pelo governo reflete uma condução “improvisada e imediatista” da política econômica.

“Criada às pressas após o recuo no aumento do IOF, essa medida apresenta-se como uma solução frágil e temporária que apenas mascara o problema fiscal, sem atacar suas verdadeiras causas”, diz o documento.

Em uma publicação na rede social X, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu críticas e afirmou que os parlamentares signatários do manifesto deveriam apresentar propostas alternativas, lembrando que foi o Congresso o responsável pela aprovação do arcabouço fiscal.

“Se rejeitam uma MP que combina medidas de arrecadação e de controle de despesas, como esperam que o governo cumpra as regras fiscais?”, questionou a ministra responsável pela articulação política do governo na publicação.

“Ao contrário do que diz o manifesto, o governo não está ‘taxando a tudo e a todos’. Está cobrando a contribuição de setores que pagam pouco ou nenhum imposto sobre seus altos rendimentos”, disse, chamando a atenção para o fato de que as cobranças irão recair sobre apostas esportivas online, bancos e aplicações financeiras isentas ou pouco tributadas.

(Por Bernardo CaramReportagem adicional de Maria Carolina MarcelloEdição de Isabel Versiani e Pedro Fonseca)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem do Congresso Nacional do Brasil, com destaque para as duas torres gêmeas na Praça dos Três Poderes, Brasília, símbolo da política brasileira.

Congresso derruba parte de vetos de Lula à lei das eólicas offshore

BRASÍLIA (Reuters) – O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira parcialmente vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma série de itens incluídos pelos parlamentares durante a tramitação do projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar, o que deverá ter um impacto nos próximos anos

Imagem de um homem de terno azul escuro, barba branca e cabelos grisalhos, falando em um evento oficial ao lado da bandeira do Brasil, com um cartaz que mostra 'Paris, Quinta-feira, 5 de junho de 2025'.

Lula cobra do G7 contribuições ambiciosas para redução de aquecimento global

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma de suas falas no G7, nesta terça-feira, para cobrar que os presidentes presentes na Cúpula aumentem as ambições de seus países em suas contribuições para evitar o aquecimento global, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.