thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Malala Yousafzai pede que líderes muçulmanos apoiem a pressão legal contra apartheid de gênero

Malala Yousafzai se apresenta em um evento, falando sobre educação e direitos das mulheres, usando um vestido tradicional. Ela é uma ativista reconhecida mundialmente por sua luta.

Por Charlotte Greenfield

ISLAMABAD (Reuters) – A vencedora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai apelou neste domingo a líderes muçulmanos para que apoiem os esforços para tornar o apartheid de gênero um crime do direito internacional e pediu ainda que se manifestem contra os talibãs do Afeganistão pelo tratamento às mulheres e meninas.

Em evento sobre educação de moças nas comunidades muçulmanas, em que participaram líderes internacionais e acadêmicos no seu país natal, o Paquistão, Malala disse que as vozes muçulmanas devem liderar o caminho contra as políticas do Talibã, que proíbem as adolescentes de frequentar a escola e as mulheres, de frequentar universidades.

“No Afeganistão, o futuro de uma geração inteira de meninas será privado”, disse Malala num discurso em Islamabad. “Como líderes muçulmanos, agora é a hora de levantar a voz e usar o seu poder.”

Os talibãs afirmam respeitar os direitos das mulheres de acordo com a sua interpretação da cultura afegã e da lei islâmica. Os porta-vozes da administração talibã não responderam ao pedido de comentários sobre as declarações de Malala.

Nenhum governo estrangeiro reconheceu formalmente o Talibã desde que o regime assumiu o controle do Afeganistão em 2021 e os diplomatas disseram que os passos para o reconhecimento exigem uma mudança de rumo nos direitos das mulheres.

Quando tinha 15 anos, Malala sobreviveu a um tiro que levou na cabeça no Paquistão, disparado por um homem armado, depois de fazer campanha contra as medidas do Talibã paquistanês de negar educação às meninas.

O evento, organizado pela Organização de Cooperação Islâmica (OCI) e pela Liga Mundial Muçulmana, incluiu dezenas de ministros e acadêmicos de países de maioria muçulmana.

Malala pediu aos estudiosos que “desafiem e denunciem abertamente as leis opressivas do Talibã”, e aos líderes políticos que apoiem a inclusão do apartheid de gênero em crimes contra a humanidade sob o direito penal internacional.

(Reportagem adicional de Mohammad Yunus Yawar, em Cabul)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem de um homem em um evento, aparentando reflexão ou preocupação, vestido de terno e gravata, enfatizando a importância da comunicação no ambiente profissional.

Maior desafio de reforma do IR será encontrar compensação justa, diz Motta

(Reuters) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta terça-feira que o maior desafio para o avanço do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5.000 será encontrar uma “compensação justa” a fim de não prejudicar o país.

Cinco homens vestidos com roupas brancas, caminhando juntos em um corredor de vidro, refletindo um ambiente urbano.

Venezuelanos deportados devem estar detidos em prisão de El Salvador, diz ONU

Por Olivia Le Poidevin GENEBRA (Reuters) – As Nações Unidas têm informações de que mais de 100 venezuelanos deportados dos Estados Unidos estão sendo mantidos em um centro de alta segurança em El Salvador, onde enfrentam possíveis violações de direitos humanos, disse o chefe de direitos humanos da ONU nesta

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.