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Lula cobra do G7 contribuições ambiciosas para redução de aquecimento global

Imagem de um homem de terno azul escuro, barba branca e cabelos grisalhos, falando em um evento oficial ao lado da bandeira do Brasil, com um cartaz que mostra 'Paris, Quinta-feira, 5 de junho de 2025'.

(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma de suas falas no G7, nesta terça-feira, para cobrar que os presidentes presentes na Cúpula aumentem as ambições de seus países em suas contribuições para evitar o aquecimento global, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) são imprescindíveis para forjar novos paradigmas de desenvolvimento. Sem metas ambiciosas não impediremos que o aquecimento global supere um grau e meio“, disse Lula em sua segunda intervenção na mesa sobre transição climática dos líderes do G7 e de países convidados. O Brasil é um dos convidados.

Lula ressaltou que “poucos países estão em dia com essa obrigação”.

Menos de 20% dos países já apresentaram suas NDCs, obrigando as Nações Unidas a adiar para setembro o prazo final, quando a previsão inicial era fevereiro.

Na mesa do G7, além de Brasil, apenas Canadá, Reino Unido, Japão e Estados Unidos apresentaram suas NDCs, mas as metas norte-americanas foram feitas pelo governo anterior, de Joe Biden. Desde que assumiu a presidência dos EUA, Donald Trump retirou o país do Acordo de Paris — um tratado internacional sobre as mudanças climáticas.

A COP deste ano, presidida pelo Brasil, tem como mandato justamente as novas NDCs, que precisam ser ambiciosas o suficiente para evitar o aquecimento global acima de 1,5 graus. No entanto, por serem voluntárias, pouco cabe ao Brasil além da pressão diplomática por números ambiciosos, o que Lula tem feito em vários encontros internacionais.

Em sua fala, Lula tratou também de algumas medidas que o Brasil pretende propor dentro do chamado road map para aumentar os recursos disponíveis para a transição energética, um dos outros mandatos da COP. Entre elas está, por exemplo, a permissão para que países mais pobres usem recursos utilizados para o pagamento de dívidas em investimentos em transição.

“Países endividados não dispõem de meios para transformar suas matrizes energéticas. Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos”, afirmou.

O presidente ainda fez um convite direto para que os líderes presentes compareçam à COP30 — no momento de sua fala, no entanto, Donald Trump já não estava mais no Canadá, tendo voltado a Washington na noite anterior. Lula já havia dito que, se não conseguisse convidar o presidente norte-americano no G7, faria isso por telefone.

 

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

 

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