TÓQUIO (Reuters) – A Honda Motor disse nesta quinta-feira que pretende criar uma joint venture com a General Motors e a Cruise para começar um serviço de transporte sem motorista no Japão no início de 2026.
As três empresas pretendem estabelecer a joint venture no primeiro semestre de 2024, uma vez que o negócio depende de aprovação regulatória, informou a empresa japonesa em comunicado, sem fornecer detalhes financeiros.
A Cruise, unidade de “robotáxi” da norte-americana GM, oferece atualmente serviços limitados de transporte em San Francisco, assim como a rival Waymo operada pela Alphabet. A Honda disse em 2018 que investiria 2 bilhões de dólares na Cruise ao longo de 12 anos.
As empresas esperam comercializar veículos autônomos em grande escala no Japão com a joint venture, disse o presidente-executivo da Cruise, Kyle Vogt, acrescentando que a empresa já opera comercialmente em quatro cidades nos Estados Unidos.
Vogt disse que é difícil dizer se oferecer um serviço de transporte sem motorista em Tóquio representa um desafio único ou distinto para a empresa.
O veículo Cruise Origin foi desenvolvido em conjunto pela GM, Cruise e Honda. O serviço japonês está planejado para ser lançado no centro de Tóquio, usando dezenas de Origins antes de expandir para uma frota de 500 veículos, disse a Honda em seu comunicado.
O presidente-executivo da Honda, Toshihiro Mibe, disse que a empresa usará Chevrolet Bolts na implementação do serviço na capital japonesa antes de adotar o Origins.
As empresas planejam posteriormente ampliar o serviço para áreas além do centro de Tóquio, disse a Honda.
Os clientes usarão um aplicativo de smartphone para solicitar viagens e efetuar pagamentos, segundo o comunicado.
Os reguladores de segurança automotiva dos EUA abriram no início desta semana uma investigação para saber se a Cruise está tomando precauções suficientes com seu robotáxi autônomo para proteger os pedestres.
Comentando a investigação, Vogt disse que a segurança era a principal prioridade da empresa, acrescentando que ajudaria os reguladores no trabalho “muito difícil” de regular tecnologias emergentes como esta.
(Reportagem de Daniel Leussink, Mariko Katsumura e Rocky Swift)