Por Jonathan Stempel
(Reuters) – O Google pagará US$30 milhões para encerrar uma ação judicial que alega que a companhia violou a privacidade de crianças que utilizam o YouTube, coletando suas informações pessoais sem o consentimento dos pais e utilizando-as para enviar anúncios direcionados.
Um acordo preliminar da ação coletiva proposta foi apresentado na segunda-feira no tribunal federal de San Jose, Califórnia, e requer a aprovação da juíza Susan van Keulen.
O Google negou ter cometido irregularidades ao concordar com o acordo.
A unidade da Alphabet concordou em 2019 em pagar US$170 milhões em multas e mudar algumas práticas para resolver acusações semelhantes da Comissão Federal de Comércio dos EUA e da procuradora-geral de Nova York, Letitia James. Alguns críticos consideraram esse acordo muito brando.
O Google não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários nesta terça-feira. Os advogados dos autores não responderam imediatamente a solicitações semelhantes.
Os pais ou responsáveis por 34 crianças acusaram o Google de violar dezenas de leis estaduais ao permitir que provedores de conteúdo atraíssem as crianças com desenhos animados, canções infantis e outros conteúdos para ajudar a coletar informações pessoais, mesmo após o acordo de 2019.
A juíza indeferiu reivindicações contra os provedores de conteúdo — incluindo Hasbro, Mattel, Cartoon Network e DreamWorks Animation — em janeiro, citando a falta de provas que os vinculassem à suposta coleta de dados do Google.
A ação proposta abrange crianças norte-americanas com menos de 13 anos que assistiram ao YouTube entre 1º de julho de 2013 e 1º de abril de 2020.
Os advogados dos autores disseram que pode haver entre 35 milhões e 45 milhões de integrantes na ação coletiva.