thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

França adota alerta máximo após morte de professor em ataque islâmico

França adota alerta máximo após morte de professor em ataque islâmico

Por Pascal Rossignol e Layli Foroudi e Michel Rose

ARRAS (Reuters) – Um homem de 20 anos esfaqueou e matou um professor e feriu gravemente outras duas pessoas em um ataque em uma escola na cidade de Arras, no norte de França, na sexta-feira, em um incidente classificado pelo presidente Emmanuel Macron como “terrorismo islâmico bárbaro”.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que a França está agora em seu estado de alerta máximo e que o ataque de Arras tem relação com o que está acontecendo no Oriente Médio, onde Israel realiza uma ofensiva militar para eliminar os combatentes do Hamas após os ataques do fim de semana.

Um dia antes, Macron havia incitado os franceses a permanecerem unidos e a se absterem de trazer para casa o conflito entre Israel e Hamas.

Ao visitar o local do ataque, Macron prestou homenagem ao professor, Dominique Bernard, cujo corpo ainda estava coberto por sangue.

“(Ele) interveio e, sem dúvida, salvou muitas vidas”, disse Macron. “Nossa escolha é não ceder ao terror, não permitir que nada nos divida.”

O suspeito, identificado pelos procuradores como Mohamed M., foi detido. Ele era um ex-aluno da escola Lycee Gambetta, de ensino médio, onde ocorreu o ataque, disse uma fonte policial. Um dos irmãos dos agressores também foi detido nas proximidades.

A investigação foi entregue ao Ministério Público que cuida do antiterrorismo.

Segundo o promotor Jean-François Ricard, diversas testemunhas ouviram o agressor gritando “Allahu Akbar”, uma expressão árabe que significa “Alá é grande”.

Mohamed M. estava em uma lista de observação que é formada por pessoas com potencial risco à segurança, disse uma fonte policial. A “Ficha S” tem milhares de nomes e apenas um pequeno número é de fato monitorado.

Darmanin disse que o homem havia sido monitorado pelos serviços de inteligência. Seu telefone foi grampeado nos últimos dias porque as autoridades notaram um comportamento suspeito, porém, nada que indicasse um ataque planejado.

A fonte policial citou o homem como um checheno nascido na Rússia, mas alguns meios de comunicação franceses o descreveram como um ingush nascido na Rússia.

Uma fonte de segurança disse que um irmão mais velho do suposto agressor estava cumprindo pena de prisão por ligações com redes militantes islâmicas e por apologia a atos terroristas.

A França tem sido alvo de uma série de ataques islâmicos nos últimos anos. O pior deles foi um ataque simultâneo realizado por homens armados e homens-bomba a locais de entretenimento e cafés em Paris, em novembro de 2015.

(Reportagem de Pascal Rossignol e Ardee Napolitano em Arras e Michel Rose, Layli Foroudi, Charlotte Van Campenhout, Tassilo Hummel, Benoit van Overstraeten, Blandine Henault em Paris; texto de Ingrid Melander)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Indústria poluente emitindo densa fumaça branca e vapor no céu azul em um dia ensolarado, destacando problema ambiental causado por emissão de gases.

Última análise da ONU mostra que promessas climáticas reduzem emissões em 12%

BELÉM (Reuters) – A quantidade anual de gases que causam o aquecimento do planeta adicionados à atmosfera diminuirá 12% até 2035 em relação aos níveis de 2019, de acordo com uma nova análise publicada nesta segunda-feira pela secretaria de mudanças climáticas da ONU (UNFCCC). O número revisado representa um progresso

Mulher de roupa semssada com expressão preocupada, cercada por pessoas na saída de um prédio, em um ambiente interno com paredes brancas e piso escuro, relacionada ao tema de crise política e protestos

Toffoli anula provas sobre ex-primeira dama do Peru no caso Odebrecht

Por Ricardo Brito BRASÍLIA (Reuters) – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira a anulação de provas do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht, atualmente conhecida como Novonor, contra a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, segundo decisão vista pela Reuters. O magistrado também proibiu que

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.