(Reuters) – O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse na terça-feira que, após uma operação que ele descreveu como “precisa”, todos os opositores “detidos” na residência argentina em Caracas foram resgatados e estão seguros em território norte-americano.
Em uma mensagem em sua conta no X, Rubio acrescentou que os Estados Unidos comemoram o “resgate bem-sucedido” dos cinco venezuelanos, colaboradores da líder da oposição María Corina Machado, que estavam detidos na residência diplomática desde março de 2024, depois que a promotoria os acusou de conspiração e emitiu mandados de prisão contra eles.
Outro assessor da oposição que morava na residência, Fernando Martínez, se entregou à promotoria em dezembro e morreu em sua casa em fevereiro, disse a oposição.
Rubio não deu detalhes sobre a operação, e Machado disse em outra publicação nas redes sociais que foi uma operação “impecável e épica”.
“Vamos libertar cada um de nossos 900 heróis presos”, acrescentou Machado, referindo-se a vários políticos e ativistas que foram detidos no ano passado.
A saída dos colaboradores de Machado da residência argentina, que estava sob guarda brasileira depois que Buenos Aires cortou relações com Caracas em julho, ocorreu no momento em que o presidente Nicolás Maduro está em Moscou para eventos em comemoração ao 80º aniversário da vitória contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial.
O governo brasileiro, que vinha fornecendo proteção política à embaixada, disse que não havia sido informado sobre a operação.
Já o presidente argentino, Javier Milei, expressou seu apreço pela operação bem-sucedida e agradeceu aos envolvidos, especialmente ao secretário de Estado dos EUA.
“O governo nacional aprecia profundamente os esforços feitos para garantir a segurança e o bem-estar daqueles que por muito tempo estiveram sob proteção argentina contra a perseguição do regime de Nicolás Maduro”, disse o gabinete do presidente no X.
“Essa ação representa um passo importante na defesa da liberdade na região”, acrescentou.
O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.