thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dólar tem leve baixa, mas segue acima dos R$5,76 com forte pressão externa

Dólar tem leve baixa, mas segue acima dos R$5,76

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista tinha leve baixa frente ao real nesta terça-feira, mas se mantinha acima dos 5,76 reais, à medida que continua recebendo impulso da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, enquanto investidores nacionais aguardam o anúncio de medidas fiscais pelo governo.

Às 9h50, o dólar à vista caía 0,17%, a 5,7613 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,26%, a 5,794 reais na venda.

A moeda norte-americana mantinha a força contra a maioria de pares fortes e emergentes, ampliando ainda mais os ganhos recentes, à medida que os mercados continuam assumindo posições compradas na divisa norte-americana após a grande vitória de Trump na disputa pela Casa Branca na semana passada.

O ex-presidente republicano superou as pesquisas de opinião, que mostravam uma batalha acirrada com a vice-presidente democrata, Kamala Harris, reconquistando a Casa Branca e também impulsionando outros candidatos de seu partido, que obteve o controle do Senado e da Câmara dos Deputados.

Analistas têm avaliado que as medidas prometidas por Trump para a economia, incluindo tarifas e cortes de impostos, têm caráter inflacionário, o que manteria os juros elevados nos EUA. A perspectiva de uma política monetária mais apertada tem aumentado os rendimentos dos Treasuries, o que favorece o dólar.

“Esse movimento do dólar é do mundo inteiro. Os mercados ainda estão digerindo os efeitos do ‘Trump trade’, que gera pressão em outras divisas internacionais”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,38%, a 105,820.

Pesando sobre os mercados emergentes, investidores continuam demonstrando mal-estar com as perspectivas para a economia da China, maior importador de matérias-primas do planeta, uma vez que os mercados têm se decepcionado com os anúncios de medidas de estímulo por Pequim.

A promessa de Trump sobre tarifas, em particular uma taxa de 60% sobre as importações de produtos chineses, é outro fator de pessimismo para a segunda maior economia do mundo.

O dólar avançava sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

No cenário doméstico, o mercado segue na espera do anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo, que busca garantir a sustentação do arcabouço fiscal.

A demora para a divulgação das medidas, uma vez que o Executivo prometeu anunciá-las depois do segundo turno das eleições municipais, tem gerado nervosismo nos agentes financeiros, o que prejudica os ativos brasileiros.

“O mercado ainda trabalha com incerteza. Mais do que um pacote de curto prazo, a gente precisa de algo estrutural. Qualquer sinalização positiva já ajudaria a diluir os prêmios de risco”, afirmou Spiess.

Na curva de juros brasileira, as taxas de DI estavam em alta na ponta mais longa, refletindo as preocupações do mercado com o cenário fiscal.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem de um protesto pedindo a libertação de Mahmoud Khalil, com um cartaz em destaque. O fundo mostra pessoas reunidas, reforçando a manifestação.

Juiz exige que governo Trump detalhe base legal para deportar ativista palestino

(Reuters) – Um juiz federal instruiu a gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira a detalhar o precedente legal para seu plano de deportar Mahmoud Khalil, um ativista palestino cuja presença no país pode prejudicar os interesses da política externa norte-americana, segundo alega o governo. O juiz

O príncipe Mohammed bin Salman apresentando o projeto THE LINE, uma cidade futurista da Arábia Saudita que promete inovação e sustentabilidade.

Arábia Saudita evita aderir ao Brics de olho em laços vitais com EUA

A Arábia Saudita não aderiu formalmente ao bloco Brics, apesar de ter participado de uma reunião no Brasil na semana passada, segundo duas fontes, o que poderia perturbar Washington, no momento que Riad busca fechar acordos com seu aliado Estados Unidos. A questão da participação no Brics tem sido diplomaticamente

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.