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Dólar tem leve alta com retomada de temores por abordagem comercial agressiva de Trump

Pessoa contando notas de cem dólares em um ambiente financeiro, destacando a importância do dinheiro em transações e negócios.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar tinha leve alta ante o real nesta terça-feira, recuperando algumas perdas da véspera e em linha com os mercados globais, à medida que investidores continuam digerindo os decretos e planos anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu primeiro dia no cargo.

Às 9h38, o dólar à vista subia 0,21%, a 6,0546 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,46%, a 6,063 reais na venda.

A moeda norte-americana avançava amplamente sobre seus pares fortes e emergentes nesta sessão, uma vez que os investidores retomavam os temores de que Trump implementará uma agenda agressiva de tarifas de importação sobre os parceiros comerciais dos EUA.

Inicialmente na segunda-feira, o dólar chegou a recuar nos mercados globais, incluindo no Brasil, diante de relatos na imprensa, que depois foram concretizados na assinatura de decretos por Trump, de que o novo governo dos EUA decidiu não implementar novas tarifas já no primeiro dia do mandato.

O presidente optou por apenas solicitar que agências federais investigassem práticas comerciais desleais contra os EUA, o que fomentou uma expectativa de que qualquer imposição de tarifas será feita de forma gradual e direcionada.

Mais tarde, no entanto, Trump afirmou a repórteres que ainda estuda implementar taxas de 25% sobre México e Canadá, o que, segundo ele, poderá estar em vigor já em 1º de fevereiro, reacedendo preocupações por uma agenda comercial agressiva.

Analistas apontam que as tarifas prometidas por Trump possuem potencial inflacionário, podendo manter a taxa de juros em patamar alto nos EUA e favorecendo o dólar.

“Hoje vemos um cenário um pouco mais estressado, com agenda vazia e expectativa que o governo Trump comece a impor suas tarifas, inicialmente sobre México e Canadá”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

“Logo a seguir, a gente espera que vá para cima de Brasil, China e os demais países, então a gente imagina um dólar mais estressado nos próximos dias, recuperando o que perdeu ontem” completou.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,62%, a 108,660, depois de acumular perda de 1,2% na segunda-feira, no que foi a maior queda diária desde o final de 2023.

Na cena doméstica, o início de ano continua sendo marcado por falta de notícias, principalmente sobre o cenário fiscal, que segue sendo o principal ponto de receio do mercado desde o ano passado.

Na véspera, o Banco Central vendeu um total de 2 bilhões de dólares em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), no que foi a primeira intervenção no câmbio da gestão do presidente da autarquia, Gabriel Galípolo.

Em dezembro, o BC ainda sob a presidência de Roberto Campos Neto vendeu um total de 32,6 bilhões de dólares em leilões ao mercado. Na época, a autarquia quis atender à tradicional demanda de fim de ano por moeda, quando fundos e empresas costumam enviar recursos ao exterior.

 

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