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Dólar tem leve alta após leilão do BC; Fed e BC seguem em foco

Imagem de notas de cem dólares dos Estados Unidos, com foco nas mãos segurando o dinheiro, representando riqueza e transações financeiras.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista tinha leve alta ante o real nesta quarta-feira, mesmo após o Banco Central injetar 2 bilhões de dólares no mercado em leilão com compromisso de recompra, enquanto os investidores aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central mais tarde.

Às 11h06, o dólar à vista subia 0,16%, a 5,8785 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,46%, a 5,886 reais na venda.

O BC vendeu um total de 2 bilhões de dólares em leilão de linha realizado durante a manhã, no que foi a segunda intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

A operação, que havia sido anunciada na véspera, busca rolar outra operação de linha realizada em 12 de dezembro, quando a autarquia vendeu 2 bilhões de dólares ao mercado com compromisso de recompra em 4 de fevereiro deste ano.

Em 20 de janeiro, na primeira intervenção no câmbio sob Galípolo, o BC vendeu um total de 2 bilhões de dólares em dois leilões de linha, em operação realizada no mesmo dia da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A operação não influenciou os movimentos da moeda norte-americana ante o real, que continuou oscilando entre ganhos e perdas leves na sessão.

Ao realizar o leilão desta quarta, no entanto, o BC garante liquidez ao mercado e evita que a demanda por dólares possa estressar as cotações ante o real, em um dia particularmente delicado.

O banco central dos EUA anunciará sua primeira decisão de juros do ano às 16h (horário de Brasília), com ampla expectativa nos mercados globais de que as autoridades mantenham a taxa de juros, após três reuniões consecutivas com cortes.

Os investidores estão mais ansiosos, no entanto, pela declaração que acompanha a decisão e pela coletiva de imprensa do chair Jerome Powell ao fim da reunião, em que buscarão indícios sobre a visão dos membros sobre a trajetória dos juros e sobre os primeiros dias de Donald Trump na Presidência.

No encontro de dezembro, o Fed diminuiu sua projeção de cortes de juros neste ano para apenas duas reduções, ante quatro na previsão de setembro, sinalizando uma abordagem cautelosa em meio a um mercado de trabalho resiliente e uma inflação persistente.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulga sua decisão após o fechamento dos mercados, com a precificação de operadores indicando uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, para 13,25% ao ano, como foi sinalizado pela própria autarquia em dezembro.

Esta é a primeira reunião do Copom sob o comando do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que contará ainda com a presença de mais três diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Dois eventos norteiam o mercado hoje: reuniões de política monetária nos EUA e no Brasil”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

“Copom precisará ser muito preciso no comunicado… Uma postura mais conservadora, ou a expectativa para isso, fortaleceria o real”, completou, indicando que o aumento do diferencial de juros entre EUA e Brasil torna a moeda brasileira mais atrativa.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,29%, a 108,230.

 

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