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Dólar tem baixa com IPCA-15 e tarifas dos EUA em foco

Imagem de uma nota de cinco dólares dos Estados Unidos com destaque para o valor e elementos de segurança, lado esquerdo visível, com fundo desfocado de bandeira americana.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista tinha baixa ante o real nesta terça-feira, devolvendo alguns dos ganhos da véspera, à medida que os investidores avaliavam dados de inflação no Brasil, enquanto seguem de olho em notícias sobre a política comercial dos Estados Unidos.

Às 9h45, o dólar à vista caía 0,37%, a R$5,6547 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,35%, a R$5,649 na venda.

A sessão desta terça começou com o mercado nacional analisando os mais recentes números do IPCA-15, com o IBGE informando que o índice subiu 0,36% em maio, abaixo do avanço de 0,44% projetado em pesquisa da Reuters com analistas.

Em 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 5,40%, desacelerando em relação ao avanço de 5,49% no mês anterior.

Os resultados pareciam deixar os agentes financeiros um pouco mais otimistas em relação ao cenário inflacionário no Brasil, refletindo em quedas nas taxas de juros futuras para o curto prazo.

Operadores passaram a precificar chance de 97% de que o Banco Central vai manter a taxa Selic em 14,75% ao ano na reunião do próximo mês, acima da probabilidade de 92% antes da divulgação dos dados.

“É curioso notar a inflação relativamente comportada mesmo com um mercado de trabalho apertado e atividade aquecida… Isso dá uma tendência baixista para as expectativas e reforça a tese de fim do aperto monetário, o que anima os ativos brasileiros”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research

O mercado, entretanto, ainda mantém cautela devido às preocupações com o cenário fiscal brasileiro, uma vez que seguem receosos com o anúncio pelo governo na semana passada de aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Após repercussão negativa da medida, o governo recuou em alguns elementos do plano, mas, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda procura por uma forma de compensar o que deixará de levantar em arrecadação com o recuo anunciado.

No cenário externo, havia mais fatores para fomentar o apetite por risco. Os mercados ainda digeriam o recuo do presidente dos EUA, Donald Trump, ao adiar o prazo para a implementação de tarifas de 50% sobre a União Europeia.

Após telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump disse no domingo que adiaria a implementação da taxa sobre os produtos europeus para 9 de julho, ante o prazo anterior de 1º de junho, para permitir negociações entre as duas partes.

A notícia gerava alívio nos investidores, com muitos reagindo somente nesta terça devido ao fechamento dos mercados nos EUA na véspera.

Também era um fator positivo a forte queda nos rendimentos dos Treasuries, que ocorriam na esteira das perdas nos rendimentos dos títulos japoneses, após matéria da Reuters indicar que o Ministério das Finanças japonês pode reduzir a emissão de títulos de longo prazo.

O movimento derrubava as taxas de juros futuras no Brasil.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,32%, a 99,269.

O Banco Central realizará nesta terça-feira um leilão de venda de dólar com compromisso de recompra visando rolar vencimento programado para 2 de julho. A autarquia informou que as propostas para o leilão de linha serão acolhidas das 10h30 às 10h35 e será aceito no máximo US$1 bilhão.

 

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