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Dólar recua na esteira de busca por ativos de risco no exterior

Um par de mãos segurando notas de cem dólares enquanto estão organizadas em uma superfície. A imagem destaca a riqueza e o dinheiro como tema central.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana com perdas, à medida que os investidores acompanhavam os movimentos das negociações no exterior enquantoseguem focados em notícias sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 10h24, o dólar à vista caía 0,78%, a R$5,7523 na venda. Na semana, a moeda acumula baixa de 0,64%.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,81%, a R$5,776 na venda.

Por mais uma sessão, a cotação do dólar no Brasil acompanha o cenário externo, onde a moeda norte-americana recuava frente a maioria de seus pares, com destaque para as quedas diante de divisas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Nesse ponto, eram destaque os aumentos nos preços do petróleo neste pregão, o que tende a favorecer países exportadores da commodity, uma vez que as incertezas em relação às discussões por um fim na guerra da Ucrânia voltava a gerar preocupações com a oferta de combustível.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na véspera que apoia a ideia dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias no conflito, mas apontou que mais detalhes precisam ser definidos, incluindo uma solução para as causas fundamentais da guerra.

Os preços do dólar no exterior também pareciam estar passando por outro processo de correção, após ganhos acumulados na véspera, à medida que os agentes financeiros continuam navegando por uma série de incertezas comerciais com as tarifas prometidas por Trump.

Na mais recente notícia sobre o assunto, o presidente norte-americano prometeu responder às medidas retaliatórias anunciadas pela União Europeia e pelo Canadá às taxas de 25% impostas pelos EUA nesta semana sobre as importações de aço e alumínio.

A cena política norte-americana também era um fator favorável à busca por ativos de risco, com o Congresso do país próximo de aprovar uma legislação nesta sexta para financiar o governo federal e impedir uma paralisação a partir de sábado.

Na Europa, o acordo fechado nesta sexta entre partidos da Alemanha para reformular as regras de endividamento do país também deixava os investidores mais otimistas.

Com isso, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,14%, a 103,680.

Na cena doméstica, a noticiário não apresentava grandes novidades, com o mercado focado na divulgação de dados pela manhã.

O IBGE informou que as vendas varejistas no Brasil apresentaram recuo em janeiro pelo terceiro mês consecutivo, ainda que tenham ficado um pouco acima do esperado.

Além disso, o órgão relatou que os preços ao produtor desaceleraram para uma alta de 0,13% em janeiro diante da queda dos custos dos alimentos, marcando o menor nível em um ano.

“Essa sexta já teve início com o dólar recuando frente ao real, alinhado ao índice da moeda, refletindo maior demanda por ativos de risco, diante do alívio no risco de paralisação nos Estados Unidos”, disse Marcio Riauba, chefe da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

“Em dia de agenda esvaziada, as vendas no varejo do Brasil não pressionam a moeda”, completou.

 

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