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Dólar recua na esteira de ganhos de emergentes e após dados do IBC-Br

Imagem de uma mão segurando notas de cem dólares americanas, destacando o retrato de Benjamin Franklin na nota. A imagem retrata dinheiro e transações financeiras.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava nesta segunda-feira, com os investidores acompanhando os ganhos de moedas emergentes no exterior e digerindo dados fortes para a atividade econômica no Brasil, enquanto o foco permanece sobre os planos tarifários dos Estados Unidos e reuniões de bancos centrais ao redor do mundo.

Às 10h09, o dólar à vista caía 0,63%, a R$5,7089 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,69%, a R$5,725 na venda.

A sessão desta segunda-feira marcava mais um dia de apetite por risco nos mercados de câmbio ao redor do mundo, com os agentes financeiros em busca de moedas de países emergentes, como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.

O movimento era impulsionado por uma forte alta nos preços do petróleo nesta segunda — o que favorece países emergentes –, conforme crescem temores de confronto entre os EUA e houthis do Iêmen no Mar Vermelho após comentários do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth.

Hegseth disse no fim de semana que o país continuará atacando os houthis até que eles encerrem seus ataques contra embarcações, gerando preocupação de distúrbios no transporte de petróleo no Oriente Médio.

Ainda na frente geopolítica, novas notícias sobre as discussões pelo fim da guerra na Ucrânia aumentavam o apetite por risco, com os EUA e a Rússia confirmando que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin conversarão por telefone sobre o conflito na terça-feira.

Havia ainda otimismo sobre mais estímulos econômicos na China, após o governo chinês anunciar novas medidas para impulsionar o consumo interno no domingo.

“Queda generalizada do dólar hoje, tanto em relação aos pares fortes como os emergentes. Estamos em linha com o exterior… Veio notícia boa da China, que está prevendo estímulos monetários para aquecer a economia. Isso sempre ajuda”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,19%, a 103,530.

Na cena doméstica, os dados econômicos também favoreciam a moeda brasileira. O Banco Central anunciou mais cedo que seu IBC-Br avançou em janeiro, mostrando que a atividade econômica iniciou 2025 com mais força do que o esperado mesmo em meio a um ambiente de política monetária restritiva.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,9% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado. O dado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,22%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para sua decisão de juros, com ampla expectativa de que as autoridades aumentem a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, na quarta-feira, como já sinalizado pela autarquia anteriormente.

Mais cedo, o BC mostrou que analistas consultados em sua pesquisa Focus reduziram as medianas de suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano e no próximo, com a expectativa em relação à expansão de 2025 caindo abaixo da marca de 2%.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o PIB do país agora é de avanço de 1,99% ao fim deste ano, de alta de 2,01% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a expansão da economia foi a 1,60%, ante 1,70% há uma semana.

O Federal Reserve também divulgará sua decisão de política monetária na quarta-feira, e a projeção de operadores é de manutenção dos juros no nível atual, com o foco nas novas projeções econômicas das autoridades.

Investidores seguem de olho em novas notícias sobre os planos tarifários do presidente norte-americano, Donald Trump, cujas ameaças e promessas comerciais têm gerado enorme incerteza nos mercados globais e até temores de uma recessão nos EUA.

 

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