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Dólar recua em linha com exterior antes de dados de inflação de Brasil e EUA

Dólar recua em linha com exterior antes de dados de inflação de Brasil e EUA

Dólar recua em linha com exterior antes de dados de inflação de Brasil e EUA

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar recuava ante o real nesta segunda-feira, em linha com as perdas ligeiras da moeda norte-americana no exterior, enquanto investidores se posicionam para uma semana marcada pela divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil.

Às 9h37, o dólar à vista caía 0,48%, a 5,4300 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,51%, a 5,437 reais na venda.

Nesta sessão, o dólar recuava de forma ampla nos mercados globais, à medida que devolvia parte dos ganhos sólidos que registrou na semana anterior, quando dados de emprego dos EUA impulsionaram a divisa norte-americana ao reverterem as apostas de um afrouxamento monetário agressivo pelo Federal Reserve.

Números divulgados na sexta-feira mostraram o maior salto na criação de postos de trabalho nos EUA em seis meses em setembro, assim como uma queda na taxa de desemprego. O resultado consolidou expectativas de cortes graduais nos juros pelo Fed, elevando os rendimentos dos Treasuries.

O dólar atingiu a máxima de sete semanas frente a seus pares fortes na sessão anterior, mas voltava a recuar nesta manhã em um movimento de ajuste, com as perdas se expandindo para outros mercados, como o Brasil.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,06%, a 102,470.

Entre emergentes, a moeda norte-americana ainda caía ante o rand sul-africano e o peso chileno.

As divisas emergentes, em particular, também eram favorecidas pelo avanço nos preços de commodities, como petróleo, uma vez que investidores ponderavam os efeitos da demanda da China e dos conflitos geopolíticos no Oriente Médio.

“Apesar de os mercados observarem agora uma desaceleração mais lenta na taxa de juros dos EUA, a redução dos conflitos geopolíticos deve reaquecer o apetite por risco, favorecendo principalmente as moedas emergentes e países exportadores de commodities”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Nesta semana, agentes financeiros se posicionavam ainda para a publicação de dados de inflação nos EUA e no Brasil, em busca de sinais sobre a trajetória das taxas de juros em ambos os países.

O índice de preços ao consumidor dos EUA será divulgado na quinta-feira, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,1% em setembro, ante o avanço de 0,2% no mês de agosto.

Operadores colocam 90% de chance de um corte de 25 pontos-base nos juros pelo Fed em novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

No Brasil, dados do IPCA de setembro serão divulgados na quarta-feira. Em pesquisa da Reuters, analistas projetam alta de 0,46%, de queda de 0,02% em agosto.

A expectativa do mercado é de que a taxa Selic seja elevada em 50 pontos na próxima reunião do Banco Central, em novembro.

 

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