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Dólar recua com expectativa de negociações sobre tarifas dos EUA

Pessoa contando cédulas de dólar em uma mesa, evidenciando a importância do dinheiro nas transações cotidianas. A imagem retrata a realidade financeira e a gestão de recursos.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava ante o real nesta terça-feira, devolvendo ganhos recentes e em linha com as perdas frente a outras moedas emergentes, à medida que os investidores ponderavam sobre a possibilidade de as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos serem negociadas.

Às 9h39, o dólar à vista caía 0,34%, a R$5,8904 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,66%, a R$5,901 na venda.

A política comercial dos EUA continua sendo no foco dos mercados desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de tarifa de 10% sobre as importações ao Brasil, que entrou em vigor no sábado, e taxas mais altas para alguns parceiros, que serão implementadas na quarta.

Por três sessões consecutivas, os investidores demonstravam enorme aversão ao risco, uma vez que temem que as medidas comerciais possam desencadear uma guerra comercial ampla, o que poderia provocar a aceleração da inflação global e uma recessão econômica em diversos países.

Mas nesta terça-feira, os agentes financeiros demonstravam um certo alívio, já que notícias recentes mostraram que alguns países estão preparados para negociar as tarifas com os EUA, evitando novas escaladas nas tensões comerciais.

O destaque era o Japão, sobre quem Trump afirmou na segunda que está enviando uma equipe para discutir as relações comerciais. O país asiático ainda anunciou nesta terça que seu ministro da Economia, Ryosei Akazawa, liderará as negociações pelo lado japonês.

Na Europa, ministros da União Europeia concordaram na véspera em priorizar as negociações dos EUA, mesmo que a Comissão Europeia tenha anunciado no mesmo dia planos para retaliar as medidas implementadas pela maior economia do mundo.

“Embora a UE permaneça aberta a negociações — e prefira fortemente — não vamos esperar indefinidamente”, disse o comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, acrescentando que o bloco avançaria com contramedidas.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,53%, a 102,880.

A divisa norte-americana ainda recuava ante pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Por outro lado, o otimismo nos mercados contava com uma dose de cautela, à medida que Trump também escalou as tensões com a China na segunda-feira, ameaçando a segunda maior economia do mundo com tarifas adicionais caso Pequim não abandone as medidas retaliatórias contra as taxas dos EUA.

Na cena doméstica, dados do Banco Central mostraram mais cedo que a dívida bruta do Brasil registrou alta em fevereiro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário bem menor do que o esperado.

Mais tarde, as atenções se voltarão para comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participará do encerramento do Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI, às 17h.

 

(Por Fernando Cardoso)

 

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