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Dólar recua com bloqueio de tarifas de Trump e decreto do IOF em foco

Imagem de várias cédulas de dólar americano, com destaque para uma nota de um dólar em primeiro plano, sobrepostas em uma superfície.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava ante o real nesta quinta-feira, à medida que os investidores reagiam à decisão de um tribunal dos Estados Unidos que bloqueou a maioria das tarifas do presidente Donald Trump, enquanto seguem de olho em notícias fiscais no Brasil.

Às 9h45, o dólar à vista caía 0,28%, a R$5,6798 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,18%, a R$5,682 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo um maior apetite por risco nos mercados globais, depois que a Corte de Comércio Internacional, sediada em Manhattan, bloqueou as tarifas anunciadas por Trump em 2 de abril, em uma derrota para a política comercial do presidente dos EUA.

A corte afirmou que a Constituição dos EUA fornece ao Congresso autoridade exclusiva para regular o comércio com outros países, que não é anulada pelos poderes emergenciais do presidente para proteger a economia norte-americana.

Dessa forma, o tribunal invalidou, com efeito imediato, todas as ordens de Trump sobre tarifas desde janeiro que estavam baseadas na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, destinada a lidar com ameaças “incomuns e extraordinárias” durante uma emergência nacional.

A Casa Branca disse que estava apresentando um recurso para derrubar a decisão.

O anúncio da decisão veio como um alívio para os investidores, que têm demonstrado receios de que as tarifas de Trump possam provocar aumento da inflação global e uma recessão em vários países.

Entretanto, as tarifas sobre produtos específicos — como aço, alumínio e automóveis — seguem em vigor e a decisão pouco faz para afastar as incertezas comerciais, já que o governo Trump pode explorar outros meios legais para impor suas tarifas abrangentes.

“Os mercados ao redor do mundo exibem um viés positivo após a decisão do tribunal… Hoje o apetite por risco deve tomar conta do jogo”, disse Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,75%, a 99,640.

Na frente de dados, o governo norte-americano informou que a economia do país contraiu a uma taxa anualizada de 0,2% no primeiro trimestre do ano, em resultado um pouco melhor do que a estimativa inicial de retração de 0,3%.

Na cena doméstica, o mercado nacional acompanha o contínuo impasse sobre os aumentos das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciados pelo governo na semana passada, com um recuo parcial horas depois.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira que, neste momento, não há alternativa ao decreto que aumentou o IOF para assegurar o cumprimento dos compromissos fiscais deste ano.

Nesta quinta, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse em publicação no X que o “clima é para derrubada” da medida na Casa, acrescentando que combinou que “a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo”.

 

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