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Dólar oscila pouco com incertezas após entrada em vigor de tarifa dos EUA

Imagem de várias pilhas de dinheiro em notas de cem dólares, com mãos organizando as cédulas em uma mesa de escritório

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta quarta-feira, conforme os investidores navegavam por incertezas relacionadas à entrada em vigor da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com comentários do presidente do Banco Central também no radar.

Às 9h34, o dólar à vista caía 0,09%, a R$5,5009 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,07%, a R$5,538 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão se assemelhavam aos observados na véspera, quando a divisa dos EUA fechou em baixa de 0,02%, com agentes financeiros resistindo a fazer grandes apostas em qualquer direção enquanto persistem incertezas sobre a questão comercial.

Uma dúvida que prevalece no mercado é se haverá novas isenções para a tarifa de 50% dos EUA a serem anunciadas pelo presidente Donald Trump, depois que na semana passada ele excluiu produtos como aeronaves, energia e suco de laranja da taxa punitiva. Cerca de 36% das exportações do Brasil aos EUA estão recebendo a taxa de 50% no momento.

Os investidores ainda ponderam se haverá reação de Trump à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar na segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, por violações de medidas cautelares impostas a ele.

Quando anunciou a tarifa sobre produtos do Brasil no mês passado, Trump vinculou a medida, entre outros assuntos, ao tratamento que Bolsonaro vinha recebendo do STF em seu julgamento por tentativa de golpe de Estado.

“Um ponto de preocupação é que as sanções recentes dos EUA e as tarifas foram explicitamente vinculadas a insatisfações em relação a processos judiciais no Brasil. Então, investidores temem que possa haver novas escaladas das tensões”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

O mercado doméstico também aguarda a apresentação de um plano de contingência pelo governo que buscará prestar assistência a setores e empresas afetadas pela tarifa dos EUA.

Mais cedo nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote de ajuda incluirá crédito para empresas e aumento de compras governamentais, acrescentando que conversará na semana que vem com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para tratar do impasse comercial.

Para além do comércio, as atenções se voltarão mais tarde para o presidente do BC, Gabriel Galípolo, que fará palestra no evento Blockchain Rio 2025, no Rio de Janeiro, às 10h. Será sua primeira fala pública desde a mais recente decisão da autarquia de manter a taxa de juros em 15%.

No cenário externo, outros países também continuam buscando vias para negociar com os EUA, já que Trump pretende impor mais tarifas sobre parceiros na quinta-feira.

Investidores ainda esperam a indicação de Trump para uma vaga aberta na diretoria do Fed, após a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler na semana passada.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,17%, a 98,571.

 

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