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Dólar oscila pouco com decisões de BCs e conflito Israel-Irã em foco

Pessoa manuseando várias notas de cem dólares americanas em uma mesa de madeira, com um copo de bebida ao lado. A cena mostra uma troca de dinheiro.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta quarta-feira, conforme os investidores se posicionavam para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil mais tarde, com a escalada do conflito entre Israel e Irã também no radar.

Às 9h20, o dólar à vista caía 0,05%, a R$5,4942 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,11%, a R$5,501 na venda.

O movimento do real nesta sessão tinha como pano de fundo a leve fraqueza da divisa norte-americana ante seus pares nos mercados globais, ainda que houvesse pouca volatilidade nas negociações enquanto os agentes financeiros aguardam pelos eventos do dia.

O destaque será o anúncio da mais recente decisão de juros do banco central dos Estados Unidos, com ampla expectativa de que os membros mantenham a taxa na faixa atual de 4,25% a 4,50% novamente, uma vez que esperam pela definição de uma série de incertezas.

As autoridades têm enfrentado neste ano as perspectivas de desaceleração econômica e inflação mais alta devido à implementação de tarifas pelo presidente Donald Trump, com suas constantes ameaças e recuos na política comercial tornando o cenário ainda mais incerto.

Desde sexta-feira, entrou também no radar o conflito no Oriente Médio, com Israel e Irã trocando ataques de mísseis, o que elevava os temores de transtornos na produção e exportação de petróleo na região, aumentando os preços do combustível no mercado internacional.

Os investidores estarão atentos às projeções econômicas e de juros atualizadas do Fed, após os membros projetarem em março duas reduções de 0,25 ponto percentual na taxa de juros até o fim deste ano.

Diante da espera pela decisão do Fed e por mais novidades sobre a guerra no Oriente Médio, investidores optavam pela cautela neste pregão, sem realizar grandes apostas para qualquer direção.

“Embora estejamos preocupados que esta fase possa ser o início de um conflito sustentado na região, a precificação de riscos geopolíticos tem sido historicamente efêmera”, disseram analistas do Citi em relatório.

“No entanto, se os fluxos de petróleo forem significativamente interrompidos, o impacto global poderá ser significativo.”

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,24%, a 98,598.

No Brasil, o mercado nacional avaliará após o fechamento dos mercados a decisão do Comitê de Política Monetária do BC sobre a taxa de juros Selic, com os investidores bem mais incertos sobre o resultado da reunião do que em relação ao Fed.

As apostas do mercado estão divididas entre a manutenção dos juros em 14,75% — com chance de 55% — e uma alta de 0,25 ponto — com probabilidade de 45% –, de acordo com números da LSEG.

Os investidores também seguem de olho no impasse sobre as tentativas do governo de elevar as alíquotas do IOF, após a Câmara dos Deputados aprovar na segunda a urgência de votação de um projeto legislativo para derrubar o plano do Executivo.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,18%, a R$5,4972.

 

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