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Dólar cai mais de 1% após notícia de que governo Trump pode moderar tarifas

Imagem de uma pessoa contando notas de 100 dólares, destacando a importância do dinheiro e das transações financeiras. Ideal para ilustrar artigos sobre economia e finanças.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou a segunda-feira com queda superior a 1% ante o real, em sintonia com o cenário positivo para as moedas de países emergentes no exterior após notícia de que o governo de Donald Trump pode adotar tarifas de importação não tão elevadas nos Estados Unidos.

Apesar do recuo no Brasil, a moeda norte-americana se manteve acima dos 6,10 reais, numa sessão marcada por liquidez ainda reduzida neste início de ano.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos 6,1143 reais. Às 17h03, na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 1,18%, aos 6,1415 reais.

Logo no início do dia os mercados globais foram impactados por reportagem, publicada no Washington Post, informando que assessores do presidente eleito dos EUA estão explorando planos tarifários que seriam aplicados a todos os países, mas que abrangeriam apenas importações críticas.

As discussões atuais estariam centradas na imposição de tarifas apenas em determinados setores considerados críticos para a segurança nacional ou econômica, disse a reportagem, citando três fontes familiarizadas com o assunto.

Em reação, o dólar cedeu ante a maior parte das demais divisas, incluindo o real, com investidores eliminando parte dos prêmios de risco incorporados às cotações no fim de 2024 em função da vitória eleitoral de Trump. Por trás do movimento estava a percepção de que um tarifário não tão rígido nos EUA seria positivo para moedas de países exportadores de commodities.

Às 10h33, na esteira da reportagem do Post, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 6,0923 reais (-1,43%).

Ainda pela manhã Trump refutou a reportagem do Post, chamando-a de “mais um exemplo de ‘fake news’”, o que fez o dólar recuperar um pouco de fôlego. Às 11h26 a moeda à vista marcou a cotação máxima de 6,1548 reais (-0,46%), mas a tendência de baixa ainda prevaleceu no restante do dia.

Operador ouvido pela Reuters pontuou que a liquidez também seguia limitada em função do início de ano, quando muito agentes seguem fora dos negócios, em férias. Sintoma disso, o dólar para fevereiro registrava pouco mais de 205 mil contratos negociados no fim da tarde — um montante normalmente atingido ainda no início da tarde, em dias normais.

Pela manhã, de volta das férias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou, após o encontro, que não há discussão no governo que envolva mudanças no regime cambial ou aumento de impostos para conter a saída de dólares do país.

“Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo, tivemos um estresse também no Brasil. Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas feitas ao longo da campanha, é natural que as coisas se acomodem”, disse Haddad. “Mas não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil, nem de aumentar imposto com esse objetivo”, acrescentou.

Às 17h06, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,67%, a 108,230.

 

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