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Dólar acompanha exterior e cai ante o real após tribunal bloquear tarifas dos EUA

Homem falando em palestra ou evento, segurando um microfone, com expressão séria e gesticulando com a mão, fondo de painel de madeira.

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou a quinta-feira em baixa ante o real, acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior após um tribunal dos Estados Unidos bloquear a maioria das tarifas impostas pelo governo Trump a produtos de outros países.

Embora as questões relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil não tenham definido o rumo do câmbio na sessão, os agentes seguiram atentos às discussões em Brasília.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,51%, aos R$5,6663. No mês, a divisa acumula baixa de 0,18%.

Às 17h22 na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — cedia 0,40%, aos R$5,6695.

A moeda norte-americana oscilou em baixa ante o real durante praticamente toda a sessão, acompanhando o viés negativo que vinha do exterior.

Por trás do movimento estava a decisão de um tribunal de comércio dos EUA, que bloqueou na quarta-feira a maior parte das tarifas de importação do presidente Donald Trump, alegando que ele excedeu sua autoridade ao impor a cobrança.

De acordo com o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, a Constituição do país dá ao Congresso autoridade exclusiva para regular o comércio com outros países.

Perto do fechamento do mercado brasileiro, um tribunal federal de apelação dos EUA restabeleceu as tarifas mais abrangentes de Trump. A ordem não forneceu nenhuma opinião ou justificativa, mas instruiu os autores do caso a responderem até 5 de junho e o governo até 9 de junho.

Mais cedo, membros do governo Trump haviam minimizado o bloqueio, defendendo que ele não afetaria as negociações comerciais com outros países.

Neste cenário nebuloso, o dólar se firmou em queda ante divisas fortes como o iene, o euro e a libra, além de moedas de países emergentes como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.

Assim, após marcar a cotação máxima de R$5,7037 (+0,14%) às 9h03, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6424 (-0,93%) às 12h15.

Operador ouvido pela Reuters ponderou que, apesar de a questão do IOF não ter influenciado diretamente os negócios nesta quinta-feira, ela não ficou para trás. Investidores seguiram atentos às movimentações em Brasília sobre o imposto.

Durante o dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que o Congresso pode derrubar o decreto do governo que aumentou o IOF incidente sobre várias operações, acrescentando que os parlamentares estão dispostos a construir uma solução conjunta para a questão com o governo e defendendo medidas fiscais “mais estruturantes”.

Em coletiva de imprensa após reunião de líderes da Câmara, Motta disse que a vontade majoritária dos deputados, no momento, é derrubar o decreto do IOF, acrescentando que o “mais prudente” é fornecer ao governo tempo para apresentar alternativas.

Mais tarde, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo ainda não encontrou uma solução para os aumentos do IOF, que vêm sofrendo forte resistência no Congresso, mas que haverá construção ao redor do tema.

Na semana passada o governo anunciou uma série de elevações nas alíquotas do IOF — inclusive em operações cambiais — para aumentar a arrecadação e, desta forma, cumprir a meta fiscal para o ano. Parte das medidas, no entanto, foi revogada logo depois, após repercussão negativa no mercado financeiro e entre economistas de fora do governo.

Às 17h20 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 1,03%, a 99,355.

 

(Por Fabrício de Castro)

 

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