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Ausências e disputas marcam reunião do G20 sobre pobreza global

Corredor iluminado com bandeiras de vários países em exibição, simbolizando a diversidade cultural e a colaboração internacional.

Por Kopano Gumbi e Andy Bruce

CIDADE DO CABO (Reuters) – A África do Sul tentava salvar as negociações internacionais sobre o combate à pobreza global na quarta-feira, quando os chefes de finanças de várias economias importantes faltaram a uma reunião do Grupo dos 20 países na Cidade do Cabo, realizada em um cenário de cortes de ajuda externa.

A reunião de dois dias ocorre depois que o governo Trump anunciou planos para cortar o braço da Usaid e o Reino Unido reduziu seu orçamento de ajuda em 40% para desviar fundos para gastos com defesa.

As disputas sobre comércio, a guerra na Ucrânia e como lidar com a mudança climática há muito tempo dificultam o progresso sério do grupo G20 em relação aos desafios globais, mas as últimas ausências podem minar ainda mais sua credibilidade.

Depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou que não compareceria, os ministros das finanças de Japão, Índia e Canadá também se retiraram. Outros reduziram sua presença e a principal autoridade econômica da União Europeia optou por ficar de fora.

“Agora, mais do que nunca, é importante que os membros do G20 trabalhem juntos”, disse o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, no discurso de abertura, apelando para a cooperação multilateral.

“É vital garantir que os direitos e interesses dos vulneráveis não sejam pisoteados pelas ambições dos poderosos”, declarou ele.

As ausências de alto nível reduzem ainda mais as chances de um acordo sobre um comunicado significativo no final da reunião.

Também parecia haver pouca esperança de um grande progresso nas questões que Ramaphosa, como anfitrião, queria abordar: o escasso financiamento climático das nações ricas e a reforma de um sistema financeiro que penaliza os países pobres, além de aumentar as desigualdades.

O presidente do banco central da África do Sul, Lesetja Kganyago, observou que várias reuniões recentes do G20 terminaram sem acordo sobre um comunicado e que o fato de alguns países estarem sendo representados por vice-ministros não é um problema.

“Não há ninguém na sala dizendo … ‘Vou falar sobre esse assunto, mas acho que sou muito jovem´”, disse ele à Reuters.

A ministra das finanças britânica, Rachel Reeves, defendeu o desvio de recursos de ajuda externa de seu país para maiores gastos com defesa.

“Está claro que estamos enfrentando um mundo mais perigoso, e eu não vou me esconder dessa realidade”, afirmou ela em um comunicado, acrescentando que o investimento, o livre comércio e as reformas são as melhores maneiras de alcançar o crescimento sustentável.

Alex van den Heever, cientista político da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo, disse que a ausência dos Estados Unidos nas negociações do G20 — o país também se recusou a enviar seu principal diplomata para uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 na semana passada — “torna muito difícil ver como as pessoas vão avançar”.

 

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