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Cientistas de Hungria e EUA ganham Nobel de Medicina por descoberta relacionada à vacina contra Covid-19

Cientistas de Hungria e EUA ganham Nobel de Medicina por descoberta relacionada à vacina contra Covid-19

Cientistas de Hungria e EUA ganham Nobel de Medicina por descoberta relacionada à vacina contra Covid-19

Por Niklas Pollard e Ludwig Burger

ESTOCOLMO (Reuters) – Os cientistas Katalin Karikó e Drew Weissman, de Hungria e Estados Unidos, respectivamente, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 por descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA contra a Covid-19, informou o órgão que concede o prêmio nesta segunda-feira.

O vencedor do prêmio, um dos mais prestigiados do mundo científico, é selecionado pela Assembleia Nobel da universidade médica do Instituto Karolinska da Suécia e inclui 11 milhões de coroas suecas (cerca de 1 milhão de dólares).

“O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 foi concedido a Katalin Karikó e Drew Weissman por suas descobertas sobre modificações de bases nucleosídicas que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA contra a Covid-19”, disse o órgão.

Karikó foi vice-presidente sênior e chefe de substituição de proteínas de RNA na BioNTech até 2022 e, desde então, tem atuado como consultora da empresa. Ela também é professora da Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia.

Weissman é professor de pesquisa de vacinas na Perelman.

Karikó descobriu uma maneira de evitar que o sistema imunológico inicie uma reação inflamatória contra o mRNA feito em laboratório, o que antes era visto como um grande obstáculo contra qualquer uso terapêutico do mRNA.

Juntamente com Weissman, ela demonstrou em 2005 que os ajustes nos nucleosídeos, as letras moleculares que escrevem o código genético do mRNA, podem manter o mRNA fora do radar do sistema imunológico.

“Portanto, o Prêmio Nobel deste ano reconhece a descoberta científica básica que mudou fundamentalmente nossa compreensão de como o mRNA interage com o sistema imunológico e teve um grande impacto na sociedade durante a recente pandemia”, disse Rickard Sandberg, membro da Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska.

O prêmio de medicina dá início à premiação deste ano, com os cinco restantes a serem revelados nos próximos dias.

Os prêmios, entregues pela primeira vez em 1901, foram criados pelo inventor sueco da dinamite e rico empresário Alfred Nobel, e são concedidos por realizações nas áreas de ciência, literatura e paz e, nos últimos anos, também em economia.

O rei sueco entregará os prêmios em uma cerimônia em Estocolmo no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel, seguida de um luxuoso banquete.

O prêmio de medicina do ano passado foi concedido ao sueco Svante Paabo pelo sequenciamento do genoma do Neandertal, um parente extinto dos humanos atuais, e pela descoberta de um parente humano até então desconhecido, os Denisovanos.

Outros vencedores anteriores incluem Alexander Fleming, que dividiu o prêmio de 1945 pela descoberta da penicilina, e Karl Landsteiner, em 1930, por sua descoberta dos grupos sanguíneos humanos.

(Reportagem de Niklas Pollard, Johan Ahlander, em Estocolmo, e Ludwig Burger, em Frankfurt; reportagem adicional de Terje Solsvik, em Oslo)

 

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