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Chuvas mortais na Argentina são mais prováveis em um mundo em aquecimento, diz relatório

Duas pessoas em um barco e um caiaque navegando em uma área inundada com casas parcialmente submersas ao fundo, refletindo os efeitos de uma enchente.

Por Alexander Villegas

(Reuters) – As fortes chuvas que levaram a inundações catastróficas na região central da Argentina e mataram 16 pessoas neste mês foram parcialmente alimentadas pela mudança climática e podem se tornar mais frequentes em um mundo mais quente, disse uma equipe de cientistas internacionais na quinta-feira.

Uma análise da World Weather Attribution constatou que o calor extremo na região que antecedeu as enchentes causou uma massa de ar mais quente e úmida que se chocou com uma frente fria da região patagônica da Argentina, causando as chuvas torrenciais em Bahia Blanca, uma cidade portuária a cerca de 550 km ao sul de Buenos Aires.

“Os indicadores de calor e umidade (que levaram às enchentes) teriam sido praticamente impossíveis sem a mudança climática”, disse Juan Rivera, um dos autores do relatório e cientistas do Instituto Argentino de Pesquisa da Neve, Glaciologia e Ciências Ambientais (Ianigla), em uma coletiva de imprensa na quarta-feira.

Rivera afirmou que vários dias com temperaturas superiores a 40°C no norte e centro da Argentina, incluindo uma onda de calor úmido imediatamente antes das chuvas, combinada com o aumento da umidade da Amazônia, levou a um acúmulo de umidade que despejou 300 mm de chuva sobre Bahia Blanca em pouco mais de 6 horas.

“Essas inundações não têm precedentes nas estações do serviço meteorológico nacional”, acrescentou Rivera, observando que a frente fria permaneceu sobre a área por várias horas antes de seguir em frente.

O estudo informou que o calor extremo que precede as chuvas ainda são eventos raros, ocorrendo a cada 50 a 100 anos, mas a mudança climática está tornando essas temperaturas mais frequentes e intensas.

O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, com as temperaturas globais ultrapassando 1,5°C dos níveis pré-industriais pela primeira vez, e alguns cientistas preveem que 2025 também esteja entre os mais quentes já registrados.

 

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