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Campanhas de Trump e Kamala buscam votos na véspera da eleição nos EUA

Campanhas de Trump e Kamala buscam votos na véspera da eleição nos EUA

Campanhas de Trump e Kamala

Por Steve Holland e Nandita Bose

RALEIGH/DETROIT (Reuters) – Uma eleição presidencial diferente de qualquer outra na história dos Estados Unidos entra em seu último dia completo na segunda-feira, com Donald Trump, Kamala Harris e suas campanhas lutando para levar seus apoiadores às urnas em uma disputa que cada um retrata como um momento crucial para o país.

Mesmo após a surpreendente confusão de eventos nos últimos meses, o eleitorado está dividido ao meio, tanto em nível nacional quanto nos sete Estados que deverão decidir o vencedor na terça-feira, embora a disputa tão acirrada signifique que pode levar dias para que surja um vencedor.

Trump, republicano de 78 anos, sobreviveu a duas tentativas de assassinato, uma delas por milímetros, apenas algumas semanas depois que um júri em Nova York – a cidade cujos tabloides o elevaram à fama e notoriedade nacional – fez dele o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado por um crime.

Kamala, de 60 anos, foi levada ao topo da chapa democrata em julho – o que lhe deu a chance de se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo mais poderoso do mundo – depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, de 81 anos, teve um desempenho desastroso em um debate e, três semanas depois, desistiu de sua candidatura à reeleição sob pressão do partido.

Apesar de toda essa turbulência, os contornos da disputa pouco mudaram. As pesquisas mostram que Kamala e Trump estão empatados em nível nacional e nos Estados decisivos.

Mais de 77 milhões de eleitores já votaram, mas os próximos dois dias serão um teste decisivo para saber se a campanha da vice-presidente Kamala ou a do ex-presidente Trump fará o melhor trabalho para levar seus apoiadores às urnas.

Os eleitores, tanto democratas quanto republicanos, quebraram recordes centenários nas duas últimas eleições presidenciais, um sinal da emoção que Trump desperta em ambos os partidos políticos.

Nos últimos dias desta campanha, os dois lados estão inundando sites de mídia social e estações de rádio e TV com uma última rodada de campanhas publicitárias e correndo para bater de porta em porta e fazer ligações.

A equipe de campanha de Kamala acredita que o tamanho de seus esforços de mobilização de eleitores está fazendo a diferença e diz que seus voluntários bateram em centenas de milhares de portas em cada um dos Estados decisivos neste fim de semana.

“Estamos nos sentindo muito bem em relação à nossa situação atual”, disse a presidente da campanha, Jen O’Malley Dillon, aos repórteres.

A campanha afirma que seus dados internos mostram que os eleitores indecisos estão se posicionando a seu favor, especialmente as mulheres nos Estados cruciais, e que eles observam um aumento na votação antecipada entre as partes principais de sua coalizão, incluindo eleitores jovens e negros.

A campanha de Trump tem sua própria operação interna de prospecção, mas efetivamente terceirizou a maior parte do trabalho para super PACs externos, grupos políticos aliados que podem arrecadar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro.

Eles têm se concentrado mais em entrar em contato com eleitores de “baixa propensão”, ou seja, eleitores que muitas vezes não vão às urnas, em vez de apelar para os eleitores que podem mudar para qualquer lado.

Muitos nessa categoria são partidários de Trump, mas normalmente não são eleitores confiáveis.

Ao selecionar os eleitores que desejam contatar, Trump e sua equipe dizem que estão enviando os batedores de porta para lugares onde isso faz diferença e sendo inteligentes em relação aos gastos.

Trump e seus aliados, que alegam falsamente que sua derrota em 2020 foi resultado de fraude, passaram meses preparando o terreno para desafiar novamente o resultado se ele perder. Ele prometeu “retribuição”, falou em processar seus rivais políticos e descreveu os democratas como o “inimigo interno”.

(Reportagem de Steve Holland em Raleigh, Carolina do Norte, e Nandita Bose em Detroit; reportagens adicionais de James Oliphant, Trevor Hunnicutt e Andy Sullivan)

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