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Banco Mundial pede ajuda para economias em conflito enquanto EUA promovem cortes

Imagem de uma representação estilizada de um globo terrestre, símbolo de conexão e comunicação global, com linhas horizontais na parte inferior e fundo azul gradiente.

Por Rodrigo Campos

(Reuters) – A meta de acabar com a pobreza extrema em todo o mundo continua a ser ilusória, em parte devido aos desafios crescentes enfrentados pelas economias em situações frágeis e afetadas por conflitos (FCS, na sigla em inglês), incluindo a insegurança alimentar e a fraca capacidade dos governos, segundo um relatório do Banco Mundial.

O documento, divulgado nesta sexta-feira, pede um aumento do apoio internacional, do alívio da dívida e da assistência técnica em um momento em que os Estados Unidos, maior doador de ajuda do mundo nas últimas décadas, recua.

A pobreza extrema está aumentando rapidamente nas economias atingidas por conflitos e instabilidade, de acordo com o primeiro relatório abrangente do Banco Mundial sobre as economias do FCS desde a pandemia da Covid-19.

Mais de 420 milhões de pessoas em economias em conflito sobrevivem com menos de US$3 por dia, mais do que o resto do mundo combinado, mesmo sendo o lar de menos de 15% da população global. A projeção é que esse número aumente para 435 milhões, ou quase 60% da extrema pobreza do mundo, até 2030.

“As economias do FCS se tornaram o epicentro da pobreza global e da insegurança alimentar, uma situação cada vez mais moldada pela frequência e intensidade dos conflitos”, afirma o relatório do Banco Mundial.

A produção econômica nas nações do FCS pode estagnar ou enfraquecer ainda mais, já que os conflitos e a violência aumentaram e se intensificaram nos últimos anos. Os conflitos de maior intensidade podem reduzir o PIB per capita em cerca de 20% após cinco anos, de acordo com o relatório.

As economias de conflito e guerra abrigam 1 bilhão de pessoas e suas populações têm, em média, apenas seis anos de escolaridade, com expectativa de vida sete anos menor do que em outros países em desenvolvimento. Desde 2020, o PIB per capita nessas economias diminuiu em 1,8% ao ano, em média, enquanto aumentou 2,9% em outras economias em desenvolvimento, segundo o relatório.

“O progresso na redução da pobreza estagnou desde meados da década de 2010, refletindo os efeitos combinados da intensificação do conflito, da fragilidade econômica e do crescimento moderado”, disse.

De acordo com o Banco Mundial, são necessárias reformas internas direcionadas e um engajamento global coordenado e de longo prazo para tirar essas populações da pobreza.

As medidas precisam se concentrar na abordagem das causas básicas dos conflitos, como injustiça e exclusão, bem como na expansão do acesso à educação e à saúde e na melhoria da infraestrutura. O investimento em turismo e agricultura poderia ajudar a criar empregos para uma população em idade ativa cada vez maior.

“Com políticas sólidas e engajamento global sustentado, as economias do FCS podem traçar um caminho melhor para o desenvolvimento”, disse o Banco Mundial.

 

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